Um incêndio em uma fábrica que produzia fantasias para o Carnaval do Rio de Janeiro em condições "precárias" deixou 21 feridos na quarta-feira, doze deles em "estado grave", um golpe para a festa popular que deve começar no final do mês.
Os bombeiros subiram uma escada até uma janela onde os trabalhadores do local de 500 metros quadrados no norte da cidade estavam pedindo ajuda, de acordo com imagens da mídia.
A área foi isolada pelas autoridades enquanto os bombeiros controlavam o incêndio, informou a AFP.
Um total de 21 pessoas foram hospitalizadas, disse um porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro à AFP, acrescentando que 12 pessoas foram avaliadas como estando em "estado grave" no local.
O coronel Luciano Pacheco Sarmento, chefe do Estado-Maior do Corpo de Bombeiros do estado, denunciou que os atingidos trabalhavam de "forma precária" e sem "condições de segurança".
O prédio continha "muito material altamente combustível, como plásticos e papéis, mas não foi aprovado pelo corpo de bombeiros", disse o Chefe do Estado-Maior.
"Temos informações de que já houve incêndios aqui antes", acrescentou o coronel.
Uma sobrevivente identificada como Roberta disse à mídia local que ela estava trabalhando e dormindo no prédio "desde segunda-feira".
O fogo "estava vindo do andar de baixo e não tínhamos como descer", disse a mulher.
O Carnaval do Rio de Janeiro é um dos mais famosos e populares do mundo.
A largada no Sambódromo está marcada para 28 de fevereiro e segue até 8 de março.
A associação das escolas carnavalescas Liga RJ manifestou "profunda preocupação" com o bem-estar dos feridos e informou que o prédio era utilizado pela Fábrica Maximus, "espaço essencial para o Carnaval do Rio".
"O impacto desse incidente afeta diretamente o planejamento do Carnaval e toda a cadeia produtiva", alertou a organização em mensagem no Instagram.
"A Liga convocará urgentemente seus presidentes para uma assembleia geral extraordinária para avaliar a situação", disse o comunicado.
As escolas de samba Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos da Bangu perderam suas fantasias nas chamas, embora não desfilem nos dias mais importantes do evento.
"Já tomamos a decisão de que as escolas não serão rebaixadas (das ligas) para o carnaval deste ano. Se puderem desfilar, as três o farão fora de competição", anunciou o prefeito do Rio Eduardo Paes na rede social X sobre essa competição entre as diferentes escolas.
"Fiquem tranquilos que no dia 1º de março a Império Serrano entrará na avenida (do Sambódromo) como se estivesse disputando o título. Mostrando ao povo do Rio que a Império Serrano vai perdurar", disse à AFP Paulo Santi, superintendente da famosa escola de samba.





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