domingo, 3 de setembro de 2023

A primeira vitima da Guerra é a verdade: Prêmio Nobel de Economia faz apologia totalmente desonesta e cínica ao fascismo ucraniano


O New York Times publicou em 5 de Junho uma coluna de Paul Krugman rejeitando o papel dos fascistas ucranianos no assassinato em massa de judeus e cidadãos soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial e minimizando como meras “sombras” a sua proeminência na actual guerra por procuração da OTAN contra a Rússia. 
Paul Robin Krugman (Nova Iorque, 28 de fevereiro de 1953) é um economista norte-americano, vencedor do Nobel de Economia de 2008. Autor de diversos livros, é também desde 2000 colunista do The New York Times. Krugman identifica a si mesmo como um economista Keynesiano

O artigo de Krugman, “Os olhos do mundo estão sobre a Ucrânia”, é uma apologia totalmente desonesta e cínica ao fascismo ucraniano, do passado e do presente.


A coluna surge um dia após a publicação de um artigo do Times, “Símbolos nazistas nas linhas de frente da Ucrânia destacam questões espinhosas da história”. Nesse artigo, os editores do Times tentaram, como observou, David North, apresentar “profundas ligações históricas e atuais do nacionalismo ucraniano ao nazismo e ao genocídio” como um mero “problema de relações públicas para os propagandistas da mídia, que são tentando vender a guerra por procuração da OTAN como uma luta pelo amor e pela democracia.”

Krugman, que normalmente escreve comentários panglossianos sobre a economia, foi chamado na corria para para urgentemente tapar um buraco. Infelizmente para o Times, Krugman ignora completamente a história.


Um pretexto para a coluna foi fornecido pelo 79º aniversário da invasão aliada da Normandia, em 6 de junho de 1944, no Dia D, na Segunda Guerra Mundial. Krugman anuncia absurdamente a recentemente lançada ofensiva ucraniana contra a Rússia no Donbass e no sul da Ucrânia como “o equivalente moral” daquela batalha na guerra contra a Alemanha nazi. Ambos, de acordo com o economista ganhador do Prêmio Nobel, tratam do “bem versus o mal”.

Apoio ucraniano ao nazismo de 1941
Para Krugman, a Ucrânia é exatamente como “as grandes democracias” que lutaram contra a Alemanha nazi. Tal como os EUA na década de 1940, a Ucrânia também tem “falhas”, até mesmo “um lado mais sombrio” que consiste na “corrupção” e “um movimento de extrema-direita, incluindo grupos fascistas paramilitares que desempenharam um papel na sua guerra” em que “nazis a iconografia ainda é perturbadoramente difundida.” Mas qual é problema, gente? O que é, afinal, um pouquinho de fascismo entre amigos? Os paramilitares nazistas e a ideologia da supremacia branca são meras “sombras” numa “democracia imperfeita mas 100% real”, assegura Krugman aos leitores do Times.

Na verdade, não existe “democracia real” na Ucrânia. Kiev proibiu os partidos da esquerda, centro-esquerda e direita, toda a oposição e ilegalizou todas as críticas (radio, TV, Jornal, Revista, website, etc) à guerra. Indivíduos acusados de “colaboração” são caçados e processados. Aqueles que agitavam pelo fim da matança foram presos, torturados e desapareceram. Tal como a Rússia e os outros Estados sucessores soviéticos, o país é governado por uma cleptocracia que emergiu da antiga burocracia estalinista.

A oligarquia ucraniana protege a sua riqueza ilícita com a ajuda das leis laborais neoliberais mais repressivas da Europa, numa sociedade que, mesmo antes da guerra, estava entre as mais pobres da Europa. Quanto à “liberdade nacional”, Kiev está a travar uma campanha cruel contra a língua russa, que é falada por uma grande percentagem do país, e reprime as línguas, a religião e as culturas de outras minorias – incluindo húngaros, polacos e ciganos.

Krugman não menciona nada disso, é claro. Ele admite apenas aquilo que já não pode ser negado – a adesão ao nazismo pelos militares ucranianos. Para Krugman, este fato lamentável é apenas uma questão de a elite ucraniana não estar à altura dos ideais democráticos supostamente arraigados.

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