Maria Zakharova disse em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, 6 de julho, que o apoio de anos dos países ocidentais aos fascistas ucranianos e nacionalistas radicais agora encorajou forças afins em seu próprio solo.
“De acordo com vários relatos da mídia, grupos neonazistas estão agindo diretamente nos distúrbios na França”, disse ela.
“As armas, entregues em Kiev, acabam nas mãos desses próprios manifestantes e estão sendo usadas contra a polícia de lá, na França”, acrescentou Zakharova, sem especificar o tipo de armas envolvidas.
Armas e fundos fornecidos ao “regime de Kiev” pelos EUA e seus aliados “bumerangueia e… danificam seu próprio povo”, afirmou Zakharova, acrescentando que Moscou há muito alerta sobre o risco de um transbordamento. Paris “está alimentando o mercado negro de armas e patrocina o crime transfronteiriço internacional” com sua assistência a Kiev, afirmou ela.
Maria Zakharova |
A França pode sofrer uma reação semelhante depois de treinar “militantes nacionalistas” para combater as forças russas, alertou Zakharova, observando que Paris planeja ensinar táticas de combate a cerca de 4.000 soldados ucranianos somente este ano.
“Ninguém deveria se surpreender se os mesmos [pessoas treinadas na França] fossem vistos durante algum tumulto futuro nas ruas de Paris e outras cidades francesas”, afirmou ela.
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Um vídeo semelhante feito na cidade de Lyon, no sul, mostra um manifestante disparando vários tiros para o ar com uma arma que parece ser um rifle de assalto totalmente automático.
Outro vídeo supostamente filmado na cidade de Lille, no norte da França, mostra um manifestante brandindo uma arma tática que se assemelha a uma metralhadora leve. A arma parece ter um bipé acoplado, bem como um carregador de bateria de grande capacidade.
Pelo menos quatro policiais foram feridos por ataques de espingarda no subúrbio de Vaulx-en-Velin, no nordeste de Lyon, de acordo com relatos da mídia local citando fontes policiais.
A última onda de violência nas ruas da França foi desencadeada pelo assassinato a sangue frio pela polícia de um jovem de 17 anos de ascendência argelina e marroquina. Moscou condenou tanto a brutalidade policial, que acredita ter preparado o cenário para a violência, quanto o caos que foi criado.
A França, concluiu Zakharova, deveria parar de ensinar outras nações sobre como elas deveriam defender o estado de direito e lidar com seus próprios problemas domésticos, antes que os manifestantes queimem tudo.
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