segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

TOMO MDCXCVI - PUTZ, ESTOU ME DANDO CONTA, PORÉM, MINHAS ANSIEDADES SÃO DIFERENTES, JÁ QUANTO A INTENCIDADE?



Prisão de um general "quatro estrelas", pode dar pintas do fim das desculpas para estas crônicas, que só se iniciou pelas idiotices dos bolzominins. portanto, sem estas não decolaria;

b) não posso negar, estou radicalmente ansioso, aguardando, a prisão do inominável, se por um lado tenho como negar minha ansiedade, por outro, imagino o desgaste, desta mesma ansiedade do lado dos bolzominins, ainda, que lá, haja uma divisão, há os que sabem dos crimes, mas pela militância de direita, defendem estes crimes, há os que creem, numa "inexistente" inocência, por ela, adquirem a certeza de ser perseguição. 

Reflitamos um pouco sobre as razões das crenças desta inexistente inocência.

Lá na metade dos anos sessenta, quando chegamos ao "chão de fábrica", como ajudante, já que nem eu, "nem meus pais" imaginávamos a existência dos cursos do Senai, éramos peões, que ajudava os peões.

Ainda, que fôssemos regiamente pagos, dentro das perspectivas do contrato de trabalho, havia uma hierarquia de saberes, onde, os "capitães do mato" faziam direitinho seu trabalho, o trabalho de perpetuar as hierarquias do capetalismo, onde quem não sabe, não pode aprender, para não disputar os porcos privilégios, que muitas vezes eram só "l(cenas descritas no livro: "MEMÓRIAS DO CÁRCERE"), ou o privilégio de dormir longe das paredes.

Esta doentia hierarquia, apenas reproduz, dentro de uma planta industrial, a mesma realidade espalhada, inclusive, dentro dos seios familiares, que tem como princípio, "um invisível e imperceptível motivo" a perpetuação do capetalismo, passa então, por uma naturalização, dentro das igrejas.

A necessidade, deste alerta, é que ele retrata os escalonamentos sociais, "classificados" como natural, saíndo, num passe de mágica do séc XXI e visitando o XIX, imaginamos pessoas de "boa índole" naturalizando os ultrajantes tratos aos escravizados. Tudo dentro de uma religiosidade, qual, o negro, pela cor da pele, era inferior, porém, para adentrar as terras de um cristão, precisava de um batismo na religião do dono do escravizado.

Parabéns eu, mesmo antes do contato com as ideias socialistas, que vieram de pessoas, no mesmo chão de fábrica, que não praticavam estas hierarquias. Tendo ou não, uma religião.

A razão, infelizmente, de nosso comentário hoje, é justamente, a inexplicável existência de pessoas que se dizem cristãs, mas são radicalmente contra melhorias sociais.

Se quando, com quatorze anos, sem contato com as ideias socialistas, me incomodava a "capetalização" das relações, inclusive entre os excluídos, imaginem hoje aos setenta e dois, depois de ter lido a bíblia?

P.S: há uma enorme distância entre ler e se converter

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