Cerca de 507 mil menores realizam trabalho infantil no Chile, vários deles em condições de risco, revelou esta quinta-feira um estudo liderado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Família e outras instituições.
A Pesquisa de Atividades da Criança e do Adolescente (Eanna) correspondente a 2023 fez uma mensuração mais completa e rigorosa em relação às edições anteriores e levou em consideração os novos padrões internacionais e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Além disso, não só mede o trabalho infantil remunerado em diversas profissões económicas, mas também inclui o trabalho doméstico e de cuidados em condições perigosas.
De acordo com os resultados da medição, 177.971 menores exercem profissões remuneradas, enquanto 366.678 são responsáveis pelas tarefas domésticas ou pelo cuidado de idosos.
A Ministra do Desenvolvimento Social e Família, Javiera Toro, informou que a pesquisa torna visível uma realidade mais completa do trabalho infantil, enquanto o Subsecretário do Trabalho, Giorgio Coccardo, lembrou a estratégia nacional para erradicar este flagelo.
É muito importante, expressou, que os pais ou responsáveis destas crianças e adolescentes tenham condições de trabalho dignas, com salários dignos e a oportunidade de conciliar o seu trabalho com tarefas de cuidado e assim proteger os menores.
Glayson Dos Santos, do Fundo das Nações Unidas para a Infância, que colaborou na realização do Eanna, expressou que os resultados permitem ter informações atualizadas para tomar medidas nesse sentido.
Para a Convenção sobre os Direitos da Criança, lembrou, o trabalho infantil não deve ser tolerado pela sociedade e devem ser adoptados mecanismos para corrigir esta anomalia.
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