CONFIRMAÇÃO PARCIAL - DEMOCRACIA CONSTRUTIVA - APUNHALAMENTO - DIREITOS E ENDIREITAMENTO - FILTRO, INFILTRO EXFILTRO - PROCESSOS - MARTELAR MINHA FOICE - QUERERES
CONFIRMAÇÃO PARCIAL
Nascer, foi um ato revolucionário,
Sobreviver, inimaginável,
Aprender a andar, abissal,
"Cortar o cordão umbilical"
Um ato de rebeldia.
Agora, aprender a pensar, "fora da caixinha",
É exatamente isto, que nos faz humanos,,
Já que a tal caixinha,
Na qual pensamos dentro,
Na verdade, nem existe,
É justamente, o hipotético cordão umbilical.
Para que cortássemos, tal cordão,
Primeira tarefa, a construção de tal cordão,
Diríamos, até, necessária construção.
O Estado, hoje burguês,
(Lembrando das lutas e tarefas até ele),
Foi fundamental, "belicioso estado bélico",
Enquanto o capetal, financiava as dúvidas,
Era o estado absolutista,
Quem arcava com os débitos,
Já as elites, emprestavam os recursos,
Para o falido Estado, era também,
A mesma elite, a engordar os lucros,
Enquanto o Estado aumentava as dúvidas,
Cobertas como novos empréstimos,
Para aumentar a dependência,
Do tal mercado.
Mas, o que realmente faz desandar a maionese,
Não são, os escorchantes juros,
Que drenam os recursos de um Estado,
(Benevolente), com aumento das mamatas,
O que põe em risco o Estado,
É permitir o pão, para quem não tem pão.
Lembrando, quem planta o trigo,
É a mão de quem não tem tarra,
Lembrando, o moleiro,
Também, não tem o moinho,
Lembrando, o padeiro,
Não é dono da panificadora.
Se o trabalhador, não tiver o pão,
Quem irá operacionar os lucros?
Anesino Sandice
DEMOCRACIA CONSTRUTIVA
Estou, eu, cá a construir,
Primeiro, precisei me construir,
Primeiro, precisei compreender,
Os sentidos da vida,
Então, vivo, percebi, que a vida,
Esta mesma vida, vista como individual,
Ela é completamente coletiva,
Principalmente, nestes tempos de globalização.
Se hoje, a vida é coletiva,
Ontem, nas economias primitivas,
Foi o escambo, sociabilizou o crescer.
Cresceu a economia, encolheu a humanidade.
O tal esperado "crescer" coletivo,
Foi um privilégio de poucos.
A tal democracia burguesa,
É a democracia dos poucos,
Daqueles poucos, privilegiados,
Pelo "crescer" da economia.
Precisamos, pois, socializar a democracia,
Para que todos a tenham, enquanto direito.
Pois, só ela sendo um direito de todos,
Deixará de ser privilégios de uns.
Anesino Sandice
APUNHALAMENTO
Antes mesmo, de haver um berço esplêndido,
Apunhalaram minha história,
A invasão, virou um acidente,
Um acidente em razão de uma ocasional calmaria.
Depois da invasão, apelidaram os nativos "de pamonha",
De ter aceitado passivamente a invasão.
Depois da ofensa moral,
Um completo descaso com a terra conquistada,
"Só voltou a se interessar" por pura pressão,
Quem for da ignorância da história,
Dê um Google, "posse com utilidade".
Passam os anos, só exploração,
Passam os anos, só escambulhação,
Chega Napoleão, "mudou-se" para cá a corte,
Deixamos de ser colônia,
Viramos "vice-reino".
Independência, outra escambulhação,
Nem vou citar a proclamação da república,
Nem vou citar, que a capital mais bolzominium,
Tem o nome de um golpista republicano,
Inimigo do Estado desta capital.
Assim, a escambulhação, não só do invasor,
Os nativos, se sentem, também invasores,
Só mudou a metrópole da vassalagem.
De golpe em golpe, chega sessenta e quatro,
Outra vez, não houve punição,
Se não houve punição,
Os golpistas puseram as mangas de fora,
Deram o golpe de dezesseis,
Arquitetaram um golpe para vinte e dois.
São tantos os apunhalamentos,
Que bem poderiam mudar o nome da nação,
Apunhalamentos mil.
Anesino Sandice
DIREITOS E ENDIREITAMENTO
Pleito pelo direito de falar,
Ao falar, quero expressar minha existência,
Mas, não quero existir por existir,
Quero ter voz,
Voz, para ousar ter vez.
Mas, não quero ter vez,
Fora do meu mundo,
"Nem quero um mundo para mim",
Quero um mundo plural,
Não um mundo plural,
Apenas para a meia-duzia,
Quero um mundo plural para a humanidade.
A humanidade, via de regra,
"No tocante a direitos concedidos"
Vêm a milênios,
De um direito da posse,
Não é posse apenas da posse,
Mas, não de uma posse,
Que dá posse ao direito de fazer opinião.
Com a opinião fabricada,
Castra-se na verdade o direito.
O que se tem, então, é um enditeitamento.
Assim, o enditeitamento se apropriou do direito.
Para que haja direito,
Preciso compreender a diferença entre:
Aquilo que prega a direita,
Que é o direito de explorar.
O enfrentamento começa,
Pelo direito do saber.
Anesino Sandice
FILTRO, INFILTRO EXFILTRO
Pelo coador, de pano,
Minha mãe, coava o café,
Na ausência deste,
O café "tropeiro", assentava,
Depois, a colher, recolhia,
A parte superior "das borras".
O café só passou a contar com o filtro,
No processo de industrialização, ou,
Com a exfiltração dos solteiros de casa,
Com a exfiltração das mulheres,
Para o nascente crescimento dos postos de trabalho.
Saiu o filtro, surgiu o infiltro,
No Brasil do golpe,
Que é o Brasil da ditadura,
Surge o cabo Anselmo,
Um filhote da ditadura,
Infiltrado nas forças,
Realmente revolucionárias,
Apesar do pomposo título,
Éramos apenas brasileiros,
Resistindo os entreguismos dos milicos.
Apesar do pomposo título,
Éramos apenas brasileiros,
Resistindo aos entreguismos,
De nossas elites com síndrome de sabujo.
Agora os milicos, "já em 21",
Antes mesmo das convenções partidárias,
"Que em tese" escolheriam o candidatos,
Candidatos que concorreriam as eleições,
Ah, do ano seguinte.
Um ano antes do ex-desgoverno,
Reunir embaixadores, para,
Acusar as eleições que ele perderia,
De prévias fraudes.
Exfiltrar, estamos precisando exfiltrar,
O direito ao voto, quem defende mito na política.
Anesino Sandice
PROCESSOS
Quando, eu, nem tinha idade,
Para ser um aluno
De alguém, que tem idade,
Para ser minha filha,
Só de ouvir a expressão: "processo",
Imaginava, processo criminal.
Só anos depois, e bota anos nisto,
Um comercial da TV,
Falava de processo industrial.
Pode ser algo inclassificável,
Mas quero apenas falar de uma educadora,
Milena Marques Micossi.
Sei que muitos dirão;
Mestra: Milena Marques Micossi,
Concordo e endosso, mas,
Conheci a mestra de todos nós,
No cenário acolhedor do MOVA.
No MOVA, somos todos educadores,
Inclusive, os educandos,
Que nos ensinam sempre,
Com suas vivências únicas.
Anesino Sandice
MARTELAR MINHA FOICE
De martelo e bigorna,
Me armei,
Por me armar,
Me armei para a paz,
Minha paz, se faz de luta,
Luta, sim, briga não!
Do campo, a foice é símbolo,
Na urbe, o martelo tilinta,
O choque, da martelo na bigorna,
Dá o tom de nossas lutas.
Nossas lutas, é para nos apropriar,
Dos meios de produção.
Somos nós, quem produzirmos,
São eles que se apropriam dos lucros.
Para que eles tenham lucro,
Suamos,
Para que eles tenham lucro,
Sangramos,
Para que eles tenham lucro,
Eles compram nossa sobrevivência.
Enquanto eles vivem,
Nós lutamos.
Anesino Sandice
QUERERES
a) queria uma luz brilhante,
que brilhasse a cada manhã,
transformando nossas manhãs,
fantásticos sonhos de verão.
Neste nosso verão,
Veríamos a realização do sonho,
Sonho da inexistência da falta,
As faltas que jamais faltariam,
Uma delas seria o pão,
Também não faltaria o teto,
Além do pão e do teto,
Não poderia faltar também o sonho,
Lembrando da lição de um velho mestre,
(Solano Trindade),
Para que aprendamos, "não só a capacidade do sonho",
Mas, principalmente, a de fomentar sonhos,
Precisamos de espalhar, alentos.
Anesino Sandice
Nenhum comentário:
Postar um comentário