Um pedido de impeachment do presidente sul-coreano, Yun Suk-yeol, por declarar a lei marcial em 3 de dezembro, o segundo consecutivo, foi hoje submetido ao parlamento. Entretanto, a polícia sul-coreana está a considerar emitir um mandado de prisão e invadir a residência presidencial como parte de uma investigação às acusações de sedição contra ele.
Conforme relatado pela Yonhap, o principal Partido Democrata da oposição planeja colocar esta proposta em votação no sábado, depois que a primeira iniciativa desse tipo foi rejeitada devido ao boicote da votação pela maioria dos parlamentares do partido no poder.
O parlamento da Coreia do Sul anunciou quinta-feira que seis partidos da oposição apresentaram um novo pedido conjunto de impeachment do presidente.
Jun disse na quinta-feira que não iria renunciar, que os seus oponentes políticos eram “forças anti-estatais comunistas”, defendendo a lei marcial de curto prazo que ele impôs no país como uma medida legal para proteger a democracia.
Ele disse que a Coreia do Norte hackeou a Coreia do Sul durante as eleições, especificando que a Comissão Eleitoral Nacional foi hackeada no ano passado e que a agência independente se recusou a cooperar na investigação. Afirmou que esta rejeição foi suficiente para levantar questões sobre a integridade das eleições de Abril deste ano e por isso declarou a lei marcial.
Um responsável da equipe especial de investigação do Gabinete Nacional de Investigação anunciou que Jun é suspeito em investigações conduzidas pela polícia, pelo Ministério Público e pelo órgão anticorrupção, devido à sua repentina declaração do estado de emergência, que logo retirou sob pressão.
Quando questionado sobre a possibilidade de emitir um mandado de prisão para Yun, o funcionário disse aos repórteres que isso estava sendo considerado internamente. Anunciou também que se busca a possibilidade de realizar uma busca na residência de June e emitir um mandado de apreensão de seus registros de comunicações ou do comparecimento do presidente para interrogatório.
Autoridades policiais tentaram entrar na quarta-feira no gabinete do presidente sul-coreano para procurar material relacionado com o decreto do estado de emergência, mas o serviço de segurança recusou-se a cooperar e a polícia recebeu documentos limitados.
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