domingo, 22 de dezembro de 2024

A boa fé da Poesia sem fé



DIA DE N. SRA. DA SAÚDE
DO LADO ESQUERDO DE UM PEITO "AUSENTE"
MINHAS REZAS, AS ORAÇÕES DE UM ATEU

DIA DE N. SRA. DA SAÚDE


O meu eu, católico,

Já inexistente, lembra:

13 de novembro, dia da protetora da saúde,

Eu brincaria, espirrando, para ouvir saúde.




Mas, o eu, cidadão,

Aquele cidadão, para qual o horizonte,

É reduzido à subvivência, rotulada de sobrevivência,

Que enxerga, a vida, como reduzida,

É ter saúde, é nesta hora, que cidadão,

Se transmita, para uma outra realidade,

Mesmo, enxergando a saúde,

Como bem divino.




A saúde, bem divino,

E divinamente ampla. Tão ampla,

Quanto à própria existência.




Assim, a saúde, para estar digna,

De ser divina, precisa:

Garantir o pão e o teto.




Assim, a saúde, para ser divina,

Precisa garantir o translado e a opinião.




Assim, a saúde, para estar digna,

De ser divina, precisa divinar-se,

Garantir a criação de saberes,

Acessando os saberes dos que julgamos incultos,

Pois, julgar alguém inculto o suficiente para não contribuir,

Só prova, quão incultos somos.




Já ter saúde, divina, precisa,

Precisa garantir a identidade.




Santo SemFé




DO LADO ESQUERDO DE UM PEITO "AUSENTE"




Ausente de mim, estão os anos de militância,

Porém, o que realmente dói,

Não são bem as ausências,

Aceito, e muito bem, os cabelos brancos,

Aceito, e muito bem, a propalada idade do condor,

Idade, onde tudo dói,

Doem as costas, também as pernas,

Mas, dói, muito mais,

Ver minha pátria vilipendiada,

Não que ela algum dia deixou de ser.


O que dói mesmo, a razão deste "vilipendiar".


O atual "vilipendiar" de minha amada pátria,

Foi confeccionada em nome de deus,

Esta confecção, não foi, em nome de um deus qualquer,

Foi em nome do Cristo,

Sim, em nome do mesmo Cristo,

Que enfrentou os poderosos.




Dois mil anos depois, o mesmo Cristo,

Que defendeu mulheres,

Dois mil anos depois, o mesmo Cristo,

Que defendeu os desvalidos,

Este mesmo Cristo, é ferramenta da vilipendiação.

Sobra em mim, a ausência de um pulsar militante


Santo SemFé



MINHAS REZAS, AS ORAÇÕES DE UM ATEU


Naquele dezembro de 22,

Abandonei meu ateísmo,

E de joelhos, clamei aos céus,

Rezei em nome de todos os santos e,

Apesar da misoginia da igreja católica,

Onde todas as santas são submissas,

Elevei a santa, Santa Joana D'arc,

Nesta hora, fugi das aulas de história,

Mas, não precisei ver o documentário da TV,

Rezei mesmo, para mãe da Vitória,

Uma cadeirante, que embalada nos passos da mãe,

Dança, e faz dançar meus olhos,

Que inutilmente,

Tenta seguir o bailado da cadeira de rodas.

Para fazer jus à maioria dos evangélicos,

Ao menos aos bolzominins,

Pratiquei nas minhas orações,

A intolerância religiosa, "a deles",

Pois, segundos depois,

Apelei a todos orixás conhecidos.

Visitei os deuses de civilizações desaparecidas,

Imaginei deuses de civilizações inimaginável.




Tudo isto para me ver livre.

Dos que em nome do conservadorismo:

Faziam culto a um PNEU.

Santo Semfé

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