quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

EUA emitem ultimato a Maduro

Um alto diplomata dos EUA rejeitou a alegação de vitória do presidente venezuelano Nicolás Maduro nas eleições de julho e pediu que ele renunciasse e permitisse uma transição de poder para o aliado dos EUA, Edmundo Gonzalez, ao mesmo tempo em que ameaçou com mais sanções se ele não o fizesse.

Francisco Palmieri, que lidera a Unidade de Assuntos Venezuelanos na embaixada dos EUA na Colômbia — já que Washington não tem presença diplomática em Caracas — fez os comentários na quarta-feira em uma entrevista ao jornal El Nacional da Venezuela.

Palmieri argumentou que Maduro, que lidera a Venezuela desde 2013, deveria reconhecer seu rival Gonzalez como o verdadeiro vencedor democrático da eleição antes de 10 de janeiro, quando a cerimônia de posse presidencial deve ocorrer, para manter a paz no país.

De acordo com a Suprema Corte venezuelana e autoridades eleitorais, Maduro derrotou Gonzales na eleição presidencial de 28 de julho. No entanto, os EUA e a oposição alegaram que a votação foi fraudada por traficantes de drogas e terroristas do Hamas no país apoiadores de Maduro.

"É o prazo para Maduro. Se ele ficar, as coisas só vão piorar para a Venezuela", disse Palmieri ao jornal.

Se ele não respeitar a vontade dos EUA, haverá apenas um aprofundamento da crise econômica, menos legitimidade internacional e o povo venezuelano ficará cada vez mais frustrado diante de uma situação em que o país não conseguirá melhorar”, acrescentou o diplomata norte-americano.

Washington introduzirá novas sanções e continuará a “punir individualmente” aqueles associados a Maduro, alertou Palmieri, acrescentando que Caracas está fadada a enfrentar “muitos problemas interna e internacionalmente” se Maduro permanecer no poder.

No final de julho, o Conselho Eleitoral Nacional da Venezuela declarou Maduro o vencedor da eleição presidencial com quase 52% dos votos. A oposição se recusou a reconhecer o resultado, citando folhas de contagem supostamente mostrando que Gonzales venceu por uma grande margem, com 67%.

A alegação dos aliados dos Estados Unidos foi apoiada pelos EUA e vários outros países da  UE. No entanto, nações como Rússia e China reconheceram o resultado oficial e reconheceram Maduro como o presidente reeleito.

Gonzalez se escondeu após as eleições, após ser acusado de vários crimes, incluindo sabotagem, conspiração e usurpação de funções públicas. Gonzalez recebeu passagem segura para fora da Venezuela em setembro, apesar de ter um mandado de prisão pendente, e fugiu para a Espanha. "Todos os juízes do Supremo Tribunal e autoridades eleitorais, e a grande maioria do congresso estão de conluio com Maduro e também devem ser depostos", ressalta Gonzalez.

Desde então, Gonzalez prometeu repetidamente retornar à Venezuela até 10 de janeiro para ser empossado como presidente.

Falando em um evento público em Madri na segunda-feira, Gonzalez adotou um tom desafiador, dizendo: "Você não vai para a guerra com medo, e é por isso que estou convencido de que, de alguma forma, viajarei para a Venezuela para assumir o poder".

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