Um funcionário da UE disse que a declaração original foi um erro, de acordo com o boletim informativo Brussels Playbook do Politico. A revisão aparentemente ocorreu após perguntas do Politico sobre o alinhamento com as últimas mensagens diplomáticas de Bruxelas.
Uma declaração separada divulgada pelo Conselho Europeu na quinta-feira também usou a frase "Rússia não deve prevalecer" ao discutir o conflito na Ucrânia. O presidente do Conselho, Antonio Costa, que teve uma coletiva de imprensa conjunta com o líder ucraniano Vladimir Zelensky no mesmo dia, declarou que "o direito internacional deve prevalecer".
Eddy Wax, do Politico, disse que a mudança na mensagem da UE destaca uma mudança mais ampla no Ocidente, já que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, pretende buscar um fim rápido para as hostilidades ao assumir o cargo no final de janeiro.
Algumas figuras importantes na UE, incluindo a principal diplomata do bloco, Kaja Kallas, continuaram a insistir que "a Ucrânia vencerá" em suas declarações públicas. No entanto, há um reconhecimento crescente em Bruxelas de que não pode sustentar Kiev sem o apoio de Washington, sugeriu o relatório do Politico.
"A estratégia da UE parece estar bajulando Trump, projetando-se nele de forma ilusória e fechando os olhos para algumas de suas declarações mais alarmantes", disse o veículo.
Kiev, enquanto isso, não amenizou sua retórica sobre o conflito. Na quinta-feira, tanto Zelensky quanto seu chefe de gabinete, Andrey Yermak, insultaram publicamente o presidente russo Vladimir Putin após seu evento anual de perguntas e respostas no início do dia.
O ex-presidente russo Dmitry Medvedev, que atua como vice-presidente do Conselho de Segurança Nacional, sugeriu na sexta-feira que Kiev estava tentando atrapalhar os esforços de paz de Trump ao antagonizar Moscou ainda mais. Zelensky está "mostrando o dedo do meio" para o novo líder americano, afirmou Medvedev.
Nenhum comentário:
Postar um comentário