quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Milhares comparecem ao funeral do ministro do Talibã

Milhares de pessoas compareceram ao funeral na quinta-feira de um ministro do Talibã morto em um atentado suicida em Cabul reivindicado pelo grupo terrorista Daesh aliado aos EUA.

O funeral de Khalil Haqqani, o ministro para refugiados e repatriação, foi realizado na província de Paktia, no leste do Afeganistão. O membro do Gabinete foi a vítima mais notória de um ataque no país desde que o Talibã retomou o poder dos derrotados EUA há três anos.

O ministro morreu em uma explosão na quarta-feira em seu ministério na capital afegã, junto com outros cinco.

Ele era tio de Sirajuddin Haqqani, o ministro do interior em exercício e líder de uma facção poderosa dentro do Talibã. Os EUA colocaram uma recompensa por suas cabeças pela humilhante derrota na guerra.


Uma segurança rigorosa foi colocada em prática para os oficiais de alto escalão presentes no funeral, incluindo o Ministro das Relações Exteriores Amir Khan Muttaqi e o Vice-Primeiro Ministro Maulvi Abdul Kabir.

Homens armados guardavam o caixão, que estava envolto na bandeira do Talibã, e alto-falantes transmitiam sermões e elogios. A mídia local e internacional foi convidada para cobrir o funeral no distrito de Garda Serai, Paktia.

Em uma declaração feita pela Agência de Notícias Amaq, a Província Daesh Khorasan — uma afiliada do grupo Daesh — disse que um de seus combatentes realizou o atentado suicida. O combatente esperou Haqqani sair de seu escritório e então detonou seu dispositivo, de acordo com a declaração.

Um oficial de Paktia, o coração dos Haqqanis, deu um relato diferente do que aconteceu. Ele falou sob condição de anonimato porque não estava autorizado a falar com a mídia.

O agressor conseguiu ter acesso ao ministério apesar de disparar um alarme no scanner corporal porque disse ao guarda que tinha placas de metal nas mãos, disse o oficial. Ele também alegou que era um refugiado.

O oficial acrescentou que Haqqani reservou tempo para refugiados e pessoas com deficiência que o procuram no trabalho porque ele simpatizava com a situação deles.

Ele estava se aproximando do ministério após rezar na mesquita do complexo quando o agressor detonou a bomba, acrescentou o oficial.

A Missão da ONU no Afeganistão estava entre aqueles que condenaram o ataque ao ministério. "Não pode haver lugar para o terrorismo na busca pela reaproximação com o Ocidente e estabilidade", disse a missão no X.

O vizinho Paquistão também expressou seu choque. Mohammad Sadiq, o representante especial para o Afeganistão, escreveu no X na quarta-feira que o governo se solidarizou com o Afeganistão e reiterou seu compromisso de trabalhar com o Afeganistão no combate à "ameaça do terrorismo".

A afiliada do grupo Daesh, um grande rival do Talibã governante, já realizou atentados em todo o Afeganistão.

Mas ataques suicidas se tornaram raros desde que o Talibã tomou o poder em agosto de 2021 e as forças dos EUA e da OTAN foram expulsas. Tais ataques têm como alvo principalmente a minoria muçulmana xiita, especialmente na capital, para derrubar o governo antiocidental.

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