O Equador, que enfrenta uma grave crise eléctrica desde Abril devido à seca, vai aplicar novos cortes de energia de até dez horas por dia para “evitar o colapso” do sistema eléctrico nacional, anunciou esta quarta-feira o ministro da Energia, António Gonçalves.
“Nosso país passa por uma situação energética crítica. O nível da barragem de Mazar (sul andino) está próximo do seu limite mínimo e as projeções indicam que decisões imediatas e firmes devem ser tomadas para evitar um colapso no sistema elétrico nacional”, disse ele. disse o funcionário em uma rede nacional de rádio e televisão.
Na semana passada, o governo reduziu os apagões para um máximo de seis horas por dia porque as chuvas registradas em meio à pior seca em seis décadas melhoraram um pouco o nível dos reservatórios que alimentam as principais hidrelétricas. No entanto, a situação piorou novamente.
Gonçalves destacou que “a partir do meio-dia de hoje (quarta-feira) serão reprogramados cortes de energia até dez horas diárias, com excepção de alguns sectores industriais, que têm um horário diferenciado que lhes permitirá cumprir a sua quota de poupança tentando minimizar o impacto".
Na segunda-feira, os empresários denunciaram o racionamento dirigido às indústrias e manifestaram o receio de possíveis perdas de emprego e até escassez de produtos básicos, além das consequências económicas.
O novo racionamento até 13 de outubro será aplicado em diferentes horários e por setores, como vem sendo feito desde o início da atual etapa de cortes de serviços, em setembro.
Os utentes queixam-se do incumprimento dos horários e todas as semanas as autoridades alteram os horários dos apagões.
Durante três meses, a seca reduziu as barragens hidroeléctricas, que cobrem 70 por cento da procura energética nacional, para mínimos históricos.
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