O Sindicato dos Técnicos Necroptianos Forenses (Sitenfor) do Necrotério Central de Lima iniciou nesta quinta-feira uma greve por melhorias trabalhistas, dado o aumento de cadáveres que recebem devido ao aumento de assassinos na capital do Peru.
“Infelizmente, no Necrotério Central de Lima, todos os dias recebemos cadáveres de balas, o que aumentou o trabalho para nós e para os colegas que me acompanham. Queremos que esta situação mude porque estamos realmente em colapso”, disse David Hereña, general secretário do Sitenfor, em conferência de imprensa na sede da Morgue Central.
O Necrotério Central de Lima pertence ao Ministério Público e sua equipe é responsável pela realização de autópsias em todas as pessoas que morreram em circunstâncias violentas.
Hereña indicou que o sindicato exige que o governo conceda um orçamento maior para o Necrotério Central, a fim de melhorar as condições de funcionamento, bem como contratar mais pessoal, ter melhores equipamentos e receber salários mais elevados face à sobrecarga de trabalho.
“Para a senhora (presidente) Dina Boluarte está tudo bem, não há problema, mas a realidade é que os assassinos, as mortes, os homicídios aumentaram exponencialmente”, explicou o dirigente.
A capital do Peru atravessa uma grave crise de insegurança cidadã, que levou o Governo a declarar estado de emergência em 13 dos seus 43 distritos devido ao aumento da criminalidade.
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