Nas últimas 72 horas, 502 pessoas foram presas no âmbito da Operação Panamá 3.0 lançada pelo presidente José Raúl Mulino para enfrentar as gangues, informou a Polícia Nacional.
Entre os detidos estão indivíduos ligados ao tráfico de droga e foram recuperados armas de fogo, munições, automóveis, quase 20 mil dólares e vários esconderijos de drogas, principalmente cocaína, segundo o relatório.
Ao estabelecer este plano, Mulino indicou que 1.032 novos agentes foram destacados e começaram patrulhas comunitárias, postos de controle móveis e postos de controle em áreas de conflito como a província de Colón (Caribe), uma das mais perigosas; Panamá Oeste (adjacente à capital), o bairro de San Miguelito (bairro periférico com altos índices de insegurança), a área do Canal e outras áreas populares próximas à cidade metropolitana.
A estratégia inclui uma revisão casa por casa ou fazenda por fazenda das principais áreas perigosas, observou o governador.
“ Tudo isto tem um único propósito: que cada trabalhador panamenho sinta que a paz e a segurança estão voltando. O desafio é grande, foram muitos anos de falta de liderança que desse rédea solta ao crime organizado em todo o país”, indicou.
Segundo estatísticas oficiais, 19 por cento dos 556 homicídios ocorridos no país em 2023 ocorreram em Colón e 18 por cento em San Miguelito, que se posicionaram assim como a segunda e terceira áreas mais violentas do istmo, superadas apenas pelo Panamá, que registou 38 por cento.
Mulino referiu que o seu compromisso é com o cidadão de bem e nesse sentido anunciou também a criação de novos grupos de vigilância entre vizinhos, empresários e escolas para proporcionar maior segurança.
Na sua habitual conversa semanal com a imprensa, o chefe de Estado anunciou que o toque de recolher para menores desde agosto passado, das 21h00 às 6h00, hora local, em regra, em Colón e San Miguelito, toda a população seria ampliada, medida que deve estar em consenso com as autoridades desses territórios.
Autoridades do Ministério da Segurança apontam que 70% dos assassinatos no país estão ligados ao crime organizado, incluindo gangues, responsáveis por esconder as drogas que chegam da América do Sul e transportá-las para que partam para os Estados Unidos, o maior consumidor, e a Europa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário