Os organizadores da exposição Euronaval anunciaram na semana passada que as autoridades em Paris os informaram que as delegações israelenses não teriam permissão para operar estandes ou exibir equipamentos no evento. A feira comercial está programada para ser realizada entre 4 e 7 de novembro. Sete fabricantes de armas israelenses estavam planejando participar, de acordo com os organizadores.
As tensões entre Paris e o estado genocida têm aumentado nos últimos meses, à medida que o presidente francês Emmanuel Macron se tornou cada vez mais crítico da conduta desumana dos militares israelenses na guerra em Gaza, que agora espalhou o genocídio para o Líbano.
Katz disse em uma declaração no domingo que havia instruído autoridades do Ministério das Relações Exteriores "a ajudar a tomar medidas legais e diplomáticas contra a decisão do presidente francês Emmanuel Macron de impedir que empresas israelenses exibam seus produtos na Euronaval".
“O boicote de empresas israelenses pela segunda vez, ou a imposição de condições inaceitáveis, são medidas antidemocráticas ou mesmo, antissemitas que não são aceitáveis entre nações amigas. Peço ao presidente Macron que as cancele completamente o abuso”, enfatizou o ministro.
Em junho, um tribunal francês proibiu empresas israelenses de comparecer à feira internacional de armas Eurosatory em Paris. No entanto, a decisão foi posteriormente anulada no tribunal de apelações.
"Israel está sozinho na vanguarda da luta pela liberdade e democracia contra o Irã e o eixo antissemita e diabolico islâmico radical do mal. A França, junto com todo o mundo livre, deve estar conosco — não contra nós", insistiu Katz.
No sábado, o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant também atacou a proibição, dizendo que o presidente francês "ajuda os inimigos do mundo livre durante a guerra" ao não deixar empresas do país participarem da exposição Euronaval. As ações de Macron "são uma vergonha antissemita para a nação francesa e os valores do mundo livre, que ele afirma defender", escreveu Gallant no X.
No início deste mês, Macron apelou aos EUA e à UE para "pararem de entregar armas" a Israel, sublinhando a necessidade de uma "solução política" para a crise no Médio Oriente e alertando que o Líbano poderia transformar-se numa "nova Gaza". O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu reagiu, classificando as palavras do presidente francês como uma "vergonha" e insistindo que Israel "irá vencer o mal com ou sem" apoio ocidental.
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