Há trinta e cinco anos, um grande amigo, "Ionilton Aragão" nos pediu que escrevêssemos um texto para comemorar os eventos dos vinte anos do (MOVA, "Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos") o tema era "MUDANÇA, MEMÓRIAS & CAMINHOS" título da crônica de hoje.
Na época, estávamos construindo uma nação, depois de mais de cinco séc de desconstrução. Mas antes do golpe de dezesseis, aquele golpe, que entre outras coisas, construiu a ciência da Terra plana, a medicina do absurdo, onde "vermicida, vira tratamento contra um vírus celular, aqueles que se reproduzem dentro das células. Ah, este pessoal, inventou em pleno séc XXI, o culto a mitos, mas, não a qualquer mito, mas, um mito, meio Zé Carioca, vive das malandragens, mas foge a qualquer "bater de pé".
Como consequência direta do golpe de dezesseis, alguns personagens do culto às falácias do mito, "um economista, defensor do ultra-liberalismo" uma sanitarista defensora dos vermicidas, ganhava "péssimas" notoriedade".
Como consequência direta da cultura oriunda daquele golpe, do desgoverno do inominável, dois candidatos no segundo turno das eleições municipais, ameaçam a suas cidades, em nomear estes personagens para cargos a secretarios/as municipais, detestaria lembrar, do caos, "tipo férias em Miami" do secretário da segurança pública do DF.
Pula esta parte, pelo amor à democracia. Publico abaixo a poesia construída para celebrar os vinte anos do MOVA. Uma confessa homenagem a quem luta.
MEMÓRIAS, MUDANÇAS E CAMINHOS
O tempo diria: é só uma data,
Uma data como tantas, talvez para se perder em sua própria importância,
"Só por mera lembrança", esta data secede em dias,
O dia do professor,
Sucede em dias, o dia da criança, o dia da justiça.
Tinha tudo para ser só mais uma, mas, não.
É o dia do MOVA, dia de quem se move para um dia melhor,
É a festa em homenagem para quem se move,
É a festa em homenagem para quem luta, luta por um mundo melhor,
Há suores nos rostos, há as marcas das vitórias ante as injustiças da vida,
São as marcas nos rostos cansados da luta,
São as marcas que marcam um rosto Brasil, com a marca migrante, mas não,
É a marca de um povo excluído do direito de ser cidadão,
É a história escrita por gente, a quem o direito de escrever foi negado.
Estas são as partes de nossas memórias,
E as mudanças propostas, são parte destas mesmas histórias,
Mas, os caminhos abertos pelo peito que luta,
Não se limitam aos caminhos antigos,
Já que o homem que sonhos limitados pela falta de escrita,
Abriu os olhos no MOVA, movendo-se para um novo sonho de um novo horizonte,
Um horizonte descrito por tantos Joãos, Josés e Marias,
Estes nomes tão comuns em nosso povo, foi estandarte da luta,
Os nomes mudaram, os personagens também,
As mudanças forjadas na luta, fizeram da data, uma data Memórias, Mudança e Caminhos,
Os caminhos de tantos Joãos, Josés e Marias, que já escrevem histórias com a pena,
Mas, sem sentir pena de si,
Olhem, não é só a data,
Foi 19/10/89, a data de criação do MOVA,
Que permitiu que tantos Joãos passassem a ser cidadãos,
Não foi só a data, foi o MOVA, "seu" Paulo, vale lembrar.
P.S, na época só havia um heterônimo, o Anesino Sandice, que assina a poesia publicada no (Livro "DE AMIGOS DA SANDICE")
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