TOMO MDCXXXIII - AS DESOBRIGAÇÕES DAS OBRIGATORIEDADE DO VOTO

De 1532, primeira eleição no Brasil, às desevoluções do púlpito como curral.

Na primeira eleição realizada no Brasil, "23/01/1532" os habitantes de São Vicente/SP, foram às urnas, para eleger pessoas que elegeriam o conselho municipal.

O voto no Brasil foi regulamentado na constituição da "mandioca", constituição outorgada, "dada" pelo imperador, que só permitia o voto, a quem tinha uma certa qualidade de terras, "pés de mandioca", ou seja, só rico votava.

A obrigatoriedade do voto surgiu em, "1846", no império, porém, o voto de cabresto, aconteceu com o golpe da proclamação da república, muito provavelmente, o ápice deste, aconteceu no mesmo ano, em que o Brasil cria a justiça eleitoral, 1932, neste ano aconteceu algo para lá de peculiar,  a posse de dois governadores e duas Câmaras legislativas, no Estado do Rio Janeiro. 

O rito do voto de cabresto, acontecia com o coronel, dono das terras, impondo a seus trabalhadores, quase vassalos, numa república, não tendo a opção de escolher seus candidatos.

Porém, a falácia do voto obrigatório, ao menos do ponto de vista pecuniário, já que a multa, é de R$3,50, já outras consequências, a dificuldade em conseguir passaporte, de acessar os benefícios sociais, ou vestibular em universidades públicas.

A criação de uma "verdade pública" desta obrigatoriedade, cria um temor que impõe a necessidade do voto, esta obrigatoriedade, base naquele "temor" é a mola propulsora, que impulsiona a pior das corrupções, os políticos representantes de uma burguesia entreguista, que, quando majitoriamente, sai dos púlpitos conservadores das religiões, ganha contornos "nazi-fascistas".

Se as obrigatoriedades inexistem, ao menos do ponto de vista financeiro, ela é muito real, do ponto de vista das manipulações.

Nestes púlpitos, ou nas aulas de "OSPB, Organização Social e Política Brasileira" se você não teve esta matéria, você não viveu a ditadura, ou só não se lembra.

A sanguinária ditadura, aconteceu principalmente pelo medo de um inexistente comunismo, uma outra ditadura, ainda nos assola, esta é a ignorância, ignorância esta, fomentada nos púlpitos conservadores, deixando os eleitores, principalmente, os mais ingênuos, a mercê das manipulações. Ou seja, a obrigatoriedade do voto, é na verdade, uma armadilha, que mantém viva as forças conservadoras.

P.S escrita a pedido do meu amigo Jorlando Durante