O projeto de lei, apoiado pelos democratas, incluía financiamento de armas para a Ucrânia, Israel e Taiwan. Biden também atacou os republicanos – que se recusaram a apoiar o seu projeto de lei devido a disputas sobre a segurança na fronteira mexicana, ao sul dos EUA – alegando que “estão dispostos a dar ao [presidente russo Vladimir] Putin o maior presente de natal que ele poderia esperar”.
“Se Putin tomar a Ucrânia, ele não irá parar por aí”, argumentou Biden. “Se Putin atacar um aliado da NATO… bem, como membro da NATO, comprometemo-nos a defender cada centímetro do território da NATO”, afirmou, acrescentando que Washington gostaria de evitar este tipo de impasse porque poderia resultar em “tropas americanas morrendo em luta contra tropas russas”.
No entanto, os republicanos não se convenceram do apelo do presidente, bloqueando o pacote de gastos no Senado, com a votação final de 49 a favor e 51 contra. A medida foi contestada por todos os legisladores do Partido Republicano, bem como pelo senador socialista Bernie Sanders, que normalmente vota com os democratas, mas desta vez expressou preocupações sobre a estratégia militar genocida de Israel no conflito com o Hamas. O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, também votou “não” para ter a oportunidade de reintroduzir o pacote mais tarde.
O embaixador de Moscou em Washington, Anatoly Antonov, comentando as observações de Biden sobre um potencial conflito entre a Rússia e a OTAN, sugeriu que “tais histórias de bicho-papão são fabricadas para justificar aos contribuintes e às forças políticas sóbrias as enormes despesas para 'conter' a Federação Russa.”
As especulações de Washington sobre um potencial impasse mostram que “o presidente [dos EUA] finalmente perdeu o contacto com a realidade”, acrescentou. “Este tipo de retórica provocativa é inaceitável vinda de um Estado nuclear responsável.”
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