Russia’s trade with fellow BRICS country soaring |
Segundo o diplomata, as empresas dos dois países adaptaram-se às sanções e conseguiram superar as dificuldades criadas em consequência. Embora as sanções ocidentais tenham criado obstáculos logísticos e de abastecimento, o diplomata não vê quaisquer obstáculos substanciais à cooperação Rússia-Brasil.
“É claro que o regime de sanções imposto contra a Rússia criou uma série de problemas não só para o Brasil, mas também para muitos países e levantou a questão dos sistemas de pagamento, logística e seguros. O seguro hoje é muito mais caro do que costumava ser. Com isso, os produtos ficarão mais caros”, observou Soares.
No ano passado, a Rússia tornou-se o quinto maior parceiro comercial externo do Brasil, subindo do décimo primeiro em 2021, e as relações bilaterais parecem promissoras, segundo o enviado. O comércio global entre os países totalizou 2,2 bilhões de dólares no primeiro trimestre do ano, mostraram os números.
O Brasil não aderiu às sanções ocidentais contra Moscou e está pronto para expandir a cooperação para além do comércio de mercadorias, particularmente na tecnologia industrial. Soares sublinhou que o seu país pode impulsionar as exportações de bens industriais para a Rússia em áreas como engenharia mecânica, equipamentos e serviços agrícolas, acrescentando que estas questões estão a ser discutidas com os empresários russos.
“Podemos fornecer à Rússia muitos equipamentos e tecnologia que anteriormente eram importados, por exemplo, de países europeus ou dos EUA”, disse Soares.
“Poderíamos aumentar a cooperação entre nossos países nesta área e não nos limitarmos à agricultura, embora seja muito importante tanto para o Brasil quanto para a Rússia. Mas devemos tentar obter um portfólio de produtos mais completo e diversificado”, acrescentou o embaixador.
Os analistas salientaram que as sanções ocidentais a Moscou aproximaram os países do BRICS. Segundo eles, o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul estão a criar laços económicos mais fortes e novas cadeias de abastecimento.
Na recente cimeira dos BRICS na África do Sul, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva destacou que a aliança continua a avaliar a possibilidade de uma moeda comum.
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