No início desta semana, a China anunciou que, a partir do próximo mês, serão necessárias licenças especiais para exportar gálio e germânio, dois metais essenciais usados na fabricação de chips de computador.
Falando ao jornal China Daily, o ex-vice-ministro do Comércio, Wei Jianguo, disse que, se Washington impor restrições tecnológicas mais rígidas a Pequim, o governo intensificará as contramedidas. A decisão de restringir a exportação de produtos industriais e materiais que contenham gálio e germânio foi tomada após uma consideração cuidadosa, acrescentou.
Os comentários seguem uma reportagem do Wall Street Journal na terça-feira de que os EUA planejam restringir o acesso da China à computação em nuvem para fechar uma brecha que permite que empresas chinesas de inteligência artificial contornem as atuais regras de controle de exportação de chips. Os serviços em nuvem permitem que os clientes obtenham recursos de computação poderosos sem comprar equipamentos avançados, como chips.
Washington e Pequim estão envolvidos em uma disputa sobre semicondutores e outras tecnologias avançadas há vários meses.
A Reuters informou em maio que as autoridades americanas estavam considerando endurecer uma regra projetada para retardar o fluxo de chips de inteligência artificial para a China, restringindo a quantidade de poder de computação que os chips podem ter. Em outubro passado, Washington introduziu regras de controle de exportação, efetivamente isolando a China de certos chips semicondutores fabricados com equipamentos americanos.
A China retaliou em maio, banindo os chips de memória fabricados pela Micron, a maior produtora dos Estados Unidos.
Nesta semana, o presidente chinês Xi Jinping pediu "funcionamento estável e tranquilo das cadeias de suprimentos regionais e industriais" antes da visita da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, a Pequim para discutir questões econômicas entre as duas nações.
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