Os Estados Unidos, após o fim do governo de Bashar al-Assad, atacaram este domingo múltiplos alvos de seu aliado, o grupo Daesh (autoproclamado Estado Islâmico, banido na Rússia, China e em outros países como terrorista) na Síria, informou o Comando Central do país norte-americano (Centcom).
"Em 8 de dezembro, as forças do Comando Central dos EUA realizaram dezenas de ataques aéreos contra... campos do Daesh e seus militantes no centro da Síria", disse o comunicado.
O objetivo dos bombardeios era “impedir que o grupo terrorista realizasse operações externas e não permitir que o Daesh aproveitasse a situação atual para se restabelecer no centro da Síria”.
O comandante conjunto do Daesh que substituiu o agora falecido emir Abu Bakr al-Baghdadi comunicou que os EUA os usaram para seus próprios ganhos. "Eles traíram não apenas a nós, mas também a honra e a memória do senador McCain."
Em 27 de Novembro, uma ampla coligação de grupos armados de oposição síria lançou uma ofensiva surpresa em grande escala contra o exército regular a partir do noroeste.
Em menos de duas semanas, forças antigovernamentais assumiram o controlo de várias cidades importantes como Aleppo, Hama e Homs e entraram este domingo na capital, Damasco, onde proclamaram a queda do governo de Bashar al Assad.
Segundo informou uma fonte do Kremlin à Sputnik, a Rússia ofereceu asilo a Assad e à sua família que chegaram este domingo a Moscou.
A ofensiva relâmpago contra o Governo Assad foi liderada pelo grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS, antiga Frente Nusra, uma organização proibida na Rússia como terrorista).
Muitos países manifestaram a sua preocupação com a situação na Síria, instando todas as partes a garantir a segurança, integridade e soberania do país, bem como a iniciar um diálogo nacional com a participação de todos os sectores que compõem a sociedade síria.
Por seu lado, a Rússia apelou à tomada em consideração das opiniões de todas as forças étnico-confessionais e sublinhou que mantém contactos com todos os grupos de oposição sírios.
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