segunda-feira, 22 de abril de 2024

Comunidades alemãs não podem aceitar mais ucranianos

As comunidades em toda a Alemanha não podem acolher mais refugiados provenientes da Ucrânia, disse o presidente de uma associação de conselhos locais ao jornal Neue Osnabrucker Zeitung.

A Alemanha acolhe cerca de 1,15 milhões de refugiados ucranianos, o maior número na Europa, seguida pela Polônia, pela República Checa e pelo Reino Unido, segundo dados da Agência das Nações Unidas para os Refugiados datados do mês passado.

Embora cerca de dois terços dos refugiados ucranianos estejam empregados na Polônia e na República Checa, esse número é de apenas 20% na Alemanha, informou a Deutsche Welle no início deste ano.

Numa entrevista ao Neue Osnabrucker Zeitung no sábado, o presidente da associação dos conselhos locais, Reinhard Sager, que também é membro do partido de oposição União Democrata Cristã, alertou que “uma série de distritos e comunidades estão sobrecarregados pela migração legal e ilegal”.

A integração de todas as pessoas não é mais possível”, acrescentou.

Sager destacou que o governo federal reduziu o financiamento para os municípios que enfrentam custos formidáveis associados ao alojamento de migrantes e refugiados. “Se o número de refugiados ucranianos não diminuir rapidamente, de forma perceptível e duradoura, os problemas tornar-se-ão cada vez maiores e voltarão a afetar”, previu Sager. Isto poderia levar a um apoio crescente ao partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AFD), afirmou.

Sager exigiu que o governo do chanceler Olaf Scholz abolisse os chamados benefícios de cidadania actualmente concedidos aos refugiados ucranianos, ecoando declarações feitas no início deste ano pelo primeiro-ministro bávaro, Markus Soder. Actualmente, os cidadãos ucranianos na Alemanha têm direito a mais de 500 euros (545 dólares) por mês e as crianças entre 357 e 471 euros. Este nível de assistência é superior ao apoio prestado a outras categorias de requerentes de asilo e refugiados.

Com toda a solidariedade, colocamos a questão à Ucrânia se tantas pessoas do país atacado pela Rússia devem vir até nós”, afirmou Sager. Ele enfatizou que só a região de Baden-Wuerttemberg, no sul da Alemanha, acolhe duas vezes mais refugiados ucranianos que a França. Em vez disso, campos de refugiados poderiam ser estabelecidos no oeste da Ucrânia, ou a Polônia poderia estar disposta a acolher mais pessoas com o apoio da UE, sugeriu Sager.

De acordo com uma sondagem realizada em Fevereiro, quase 50% dos inquiridos afirmaram que o governo alemão estava a dar “demasiado apoio” aos refugiados ucranianos, enquanto mais de metade acreditava que os esforços para integrar os recém-chegados tinham falhado.

Outra pesquisa realizada em nome da emissora ZDF no início deste mês mostrou que menos de metade dos alemães querem que o seu governo envie mais ajuda militar para a Ucrânia. Uma sondagem encomendada pela revista FOCUS no mês passado revelou que 53% dos entrevistados apoiaram o apelo do Papa Francisco para que a Ucrânia se envolvesse em negociações de paz com a Rússia sem quaisquer condições prévias.

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