Homens entre 18 e 60 anos não podem mais obter documentos em escritórios consulares fora da Ucrânia, informou o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia no início desta semana. O ministro das Relações Exteriores, Dmitry Kuleba, confirmou que ordenou a medida, destinada a forçar os refugiados em idade de lutar a voltarem e serem recrutados para o serviço militar.
Na quarta-feira à noite, várias centenas de ucranianos bloquearam o Centro de Serviços de Passaportes de “Documentos” em Varsóvia, localizado no centro comercial Blue City.
No início do dia, o ministro da Defesa polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, disse que Varsóvia estaria disposta a “ajudar” Kiev a repatriar homens em idade de lutar, uma porção não especificada de cerca de 950.000 ucranianos a quem foi concedido refúgio temporário na Polônia.
“Acho que muitos polacos ficam indignados quando veem jovens ucranianos em hotéis e cafés e ouvem quanto esforço temos de fazer para ajudar a Ucrânia”, disse Kosiniak-Kamysz ao canal de televisão Polsat News.
Cerca de 4,3 milhões de ucranianos viviam em países da UE em janeiro de 2024, segundo estimativas do Eurostat. Desse total, cerca de 860 mil eram homens em idade militar.
O parlamento ucraniano votou na quarta-feira pela adição de 15 mil membros à guarda de fronteira estatal, citando o aumento de pessoas que evitam o recrutamento tentando deixar o país. Após a expansão, o serviço terá 75 mil membros, incluindo 67 mil guardas armados.
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