A Declaração de Nairobi encerrou o evento de três dias realizado na capital queniana.
O documento, assinado por líderes do continente de 1,3 mil milhões de pessoas, apela aos maiores emissores mundiais de gases com efeito de estufa para que atribuam mais recursos para ajudar as nações mais pobres.
De acordo com os líderes dos estados africanos, a declaração será usada como base para a sua posição negocial na cimeira COP28 de Novembro, no Dubai.
A declaração também referiu a promessa não cumprida de 100 mil milhões de dólares anuais às nações em desenvolvimento no financiamento climático, feita há 14 anos.
África alegadamente recebe apenas 12% dos 300 mil milhões de dólares de que necessita anualmente para fazer face aos efeitos das alterações climáticas, apesar de possivelmente estar entre os mais vulneráveis ao seu impacto.
“Nenhum país deveria alguma vez ter de escolher entre as aspirações de desenvolvimento e a acção climática”, afirma o documento.
De acordo com o presidente queniano, William Ruto, foram assumidos compromissos no valor de 23 mil milhões de dólares durante o evento, que se concentrou principalmente em debates sobre a potencial mobilização de financiamento para a adaptação a condições climáticas cada vez mais extremas, conservação dos recursos naturais e desenvolvimento de energias renováveis.
A declaração apelava também a que a vasta riqueza mineral extraída no continente fosse ali processada, observando que “a descarbonização da economia global é também uma oportunidade para contribuir para a igualdade e a prosperidade partilhada”.
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