Em uma declaração no X (antigo Twitter) na segunda-feira, Karins, que lidera a aliança de centro-direita New Unity, disse que havia informado sua facção de que apresentaria uma carta de renúncia ao presidente Edgars Rinkevics na quinta-feira.
O primeiro-ministro também acusou seus parceiros de governo na aliança conservadora United List e no partido de direita National Alliance de “bloquear o trabalho para o bem-estar e o crescimento econômico”. Ele convidou sua facção a nomear um candidato para substituí-lo.
Falando em entrevista coletiva, Karins insistiu que a Letônia precisa de um governo forte e dinâmico, capaz de tomar decisões difíceis. “Para qualquer país, há dificuldades quando alguém tenta se manter no cargo”, acrescentou Karins. “Esse nunca foi meu objetivo.”
O anúncio ocorre depois que Karins disse na semana passada que iniciaria negociações para formar uma nova coalizão governista com os Progressistas e a aliança União dos Verdes e Agricultores, que estão na oposição. Na ocasião, o primeiro-ministro sinalizou que não tinha intenção de deixar o cargo.
A oposição concordou com uma reunião, embora a United List e a National Alliance se recusassem a participar das negociações. Políticos de ambos os partidos disseram estar prontos para dialogar apenas dentro da coalizão existente.
Karins, um linguista e empresário de profissão nascido nos Estados Unidos, atuou anteriormente como Ministro da Economia da Letônia. Ele se tornou primeiro-ministro em 2019 após meses de negociações contenciosas, sobrevivendo a um voto de desconfiança no mesmo ano.
Seu mandato viu uma deterioração nas relações com a vizinha Rússia, já que Riga apoiou sanções contra Moscou devido ao conflito na Ucrânia. Em setembro de 2022, o governo de Karins aprovou duras restrições à entrada de cidadãos russos na Letônia pelas fronteiras externas da UE.
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