Em seu artigo escrito por Mark Galeotti, autor de mais de 20 livros sobre a Rússia, o The Times citou um oficial do exército americano envolvido no treinamento de militares ucranianos. “A OTAN esperava milagres, e foi o que os ucranianos os prometeram”, disse ele, acrescentando que “não se pode travar uma guerra baseada no otimismo”.
Outro funcionário dos EUA disse à mídia que “ainda não fechamos o livro sobre 2023, mas estamos aumentando nosso pensamento sobre 2024”.
O relatório afirmou que nem a Rússia nem a Ucrânia podem fazer avanços decisivos nesse momento, com o último agora divulgando a captura de aldeias individuais como um sinal de sucesso.
O autor estima que Kiev tem no máximo dois meses para virar o jogo antes que as chuvas de outono comecem a tornar o terreno intransitável para equipamentos militares pesados em novembro.
Grandes fortificações de defesa, números superiores de soldados e operadores de drones com melhor treinamento e extensos campos minados montados pelas forças russas no sul da Ucrânia estão entre as razões para o baixo desempenho da contra-ofensiva de Kiev, afirmou o relatório.
Neste cenário, as autoridades em Kiev começaram recentemente a criticar a OTAN por não fazer o suficiente, com uma delas descrevendo o bloco militar liderado pelos EUA como “covarde”, segundo o jornal.
Com nenhum dos lados disposto a se comprometer, o conflito provavelmente continuará por muito tempo, concluiu o relatório.
Falando ao Washington Post no início desta semana, o presidente polonês Andrzej Duda, um dos mais ferrenhos apoiadores ocidentais de Kiev, reconheceu que os militares ucranianos “atualmente não são capazes de realizar uma contra-ofensiva muito decisiva contra os militares russos”.
Também nesta semana, a CNN citou autoridades não identificadas dos EUA e de outros países ocidentais, prevendo que era “altamente improvável” que as forças de Kiev fossem capazes de “fazer progressos que mudariam o equilíbrio deste conflito”.
A Ucrânia lançou sua tão esperada contra-ofensiva no início de junho, concentrando seus esforços em vários pontos ao longo da linha de frente de Zaporozhye às regiões de Donetsk.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, a operação acabou sendo um fracasso que até agora custou à Ucrânia 45.000 soldados e 4.900 unidades de equipamento militar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário