Os mercados financeiros europeus enfrentaram uma semana de forte volatilidade, impulsionada por uma combinação de fatores políticos e econômicos que aumentaram a percepção de risco entre investidores.
Na França, a renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu após impasses sobre o orçamento fiscal gerou instabilidade institucional, com reflexos imediatos na confiança do mercado. A crise política francesa se soma à queda inesperada nas encomendas da indústria alemã, que registrou retração de 2,3% no último trimestre, sinalizando dificuldades na recuperação econômica da maior potência do continente.
O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,16%, com perdas concentradas nos setores bancário, automotivo e de energia. Analistas apontam que o Banco Central Europeu (BCE) pode adotar uma postura mais cautelosa em relação à política monetária, diante da desaceleração econômica e da pressão inflacionária persistente. Além disso, o aumento das tensões geopolíticas no Leste Europeu e os efeitos da transição energética sobre a indústria pesada contribuem para um cenário de incerteza. Investidores aguardam com atenção os próximos indicadores de emprego e consumo, que podem definir os rumos da política fiscal e monetária nos principais países da zona do euro.
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