SÓ PARA NÃO CAIR NAS LADAINHAS DOS MALANDROS
Sempre que os trabalhadores conquistam algum avanço, lá vêm as reações, buscando de qualquer forma, anular tais avanços.
Poderíamos navegar no tempo, até a primeira marca, onde os trabalhadores, de forma organizada, alteraram o cenário mundial, a revolução francesa, lá, a até então, inexistente burguesia, numa violenta contra-revolução, se apoderou da nova maneira de organização social.
Se aqui, os trabalhadores, poderiam, até, não ter referendo histórico para a gestão do Estado, porém, pouco mais de um séc depois, os trabalhadores, desta vez, tomam para si, a gestão de um Estado, não só, com a premissa dos trabalhadores, mas, principalmente, prontos, para militarmente, manter a revolução. Se duas décadas depois da revolução, a extrema direita arquitetou sua ideologia, "nazi-fascismo", que para atrair os setores excluídos, valem-se do discurso moral, de cunho religioso.
Para tal arapuca, primeiro, sempre, a questão racial, depois, o ataque vêm para as opções sexuais e o conservadorismo religioso, com estes pontos, quebra -se a unidade dos trabalhadores, que com questões apenas moral, sem nenhum efeito prático.
Passamos pela ditadura oriunda do golpe de 64, pela constituição cidadã, que teria vindo, para sepultar, mas, apenas jogou para baixo do tapete, as "sujeiras" produzidas pelos milicos, são exatamente, estas sujeiras que emergem debaixo dos porões que retomam o poder, através das mentiras processuais, "ou dos igualmente falsos apegos morais", os honestidsimos, "não vou deixar ferrar minha família" dá lugar a ética republicana.
Pasmem, é exatamente, este pessoal, que chegou ao poder, reclamando da concessão de direitos humanos, que hoje, pleita, por uma inconstitucional anistia, inconstitucional, inclusive, por ela, não só antes do devido julgamento, ou retroagindo a situações "pré-golpe" e ainda, pós-publicação, da referida lei.
Nós, os trabalhadores, precisamos clamar aos céus, muitas malandragens, para que não caiamos nas ladainhas dos verdadeiros malandros.

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