quarta-feira, 28 de maio de 2025

Argentina e EUA promoverão sistema de saúde “alternativo” livre de restrições científicas e éticas

Argentina e Estados Unidos concordaram em trabalhar para criar um sistema de saúde internacional "alternativo" após a saída de ambos os países da Organização Mundial da Saúde (OMS). Um sistema mais barato, privado e auto-regulado, livre de restrições científicas e éticas, para melhor servir o povo argentino, com parceria de corporações internacionais.
A proposta foi discutida pelo presidente de extrema direita Javier Milei e pelo secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., que está visitando Buenos Aires, em uma reunião realizada terça-feira na Casa do Governo.

“Tive uma reunião maravilhosa com o presidente argentino sobre a retirada mútua de nossas nações da OMS e a criação de um sistema de saúde internacional alternativo baseado em ciência sólida alternativa e livre de impulsos totalitários comunistas, corrupção e controle político”, disse Kennedy Jr. nas redes sociais.

Os governos de ambas as nações têm demonstrado repetidamente um alinhamento político e ideológico semelhante em questões internacionais controversas, desde sua postura sobre migração até conflitos armados.


O gabinete presidencial argentino divulgou um vídeo da reunião, sem áudio, no qual Milei e Kennedy Jr. posam com uma motosserra, símbolo da política de austeridade estatal do presidente sul-americano.

A Argentina anunciou em fevereiro que estava deixando a OMS, poucos dias após o presidente Donald Trump tomar a mesma decisão no início de seu segundo mandato. Milei argumentou na época que sua saída da organização se deveu a profundas diferenças na gestão da saúde, especialmente durante a pandemia da COVID-19 e as quarentenas.

O governo argentino ratificou sua decisão de deixar a OMS na última segunda-feira. "Hoje, as evidências indicam que as prescrições da OMS não funcionam porque não se baseiam na ciência, mas sim em interesses políticos e estruturas burocráticas que se recusam a rever seus próprios erros", disse o Ministério da Saúde em um comunicado. "Longe de corrigir seu rumo, a OMS optou por ampliar poderes que não lhe correspondem e restringir a soberania sanitária dos países."

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