Mais de uma vez, já foi pedido para que analisássemos a escolha do novo Papa, "Leão XIV", como Leão XIII, que morreu quase cinquenta anos antes de eu nascer, não dá para que analisemos a partir do nome escolhido, que na história recente,
João Paulo II, apesar da sequência do nome, interrompeu os caminhos de uma igreja plural, não só isto, é justamente em seu papado, que a extrema direita se reorganizou, portanto?
Faremos, no entanto, uma conversa, sobre as cobranças, e, algumas justificativas, para a não cobrança, porém, pela distância da Santa Fé, dos nossos passos, as relacionarmos com as gestões progressistas no Brasil.
É claro, que estas gestões progressistas, não foram tão progressistas assim. Então, os porquês, viram, ao mesmo tempo, uma estaca para amenizar críticas, como justifica a necessidade da sequência.
Se a igreja católica, que chega aos nossos dias, é uma sequência e consequência, não da igreja de Pedro, mas, da igreja de Constantino, ou seja, uma igreja, que nasceu para ser ferramenta da dominação das classes dominantes, fazendo, com os dominados, em razão de sua fé, aceite tal dominação, ou ainda, que em nome de um remonte, a um tempo, em que as ciências, era, para lá de limitadas, logo, a gisgenia, era a única possibilidade, ignorar, que hoje, as cirurgias para mudança de sexo, que repara uma situação genética. Ficamos aqui, por pura inépcia para o tema. Lembrando apenas. É uma situação inexistente há dois mil anos.
Nas gestões progressistas, coisas como a necessária reforma agrária, não foram tocadas a contento, para desculpas, a inexistência de um congresso apto, a aprovar tal medida, uma das questões, neste tema, é que justamente, esta justiça, a partir de uma terra de todos, base da crença num deus único, estaria, logo, plenamente justificada, mas, a igreja deste deus único, não foi, ao menos, depois do séc IV, para exatamente uma igreja a serviço do povo, e sim, uma forma de dominação.
Que as gestões progressistas produziram melhorias em diversos índices sociais, é inegável, porém, nunca propôs uma ruptura com os mesmos grilhões que mantêm a sociedade brasileira atrelada ao passado, assim, como na organização religiosa, o domínio das estruturas básicas, por pessoas tradicionalistas, mas, o que é feito para a ruptura, nada. Na política nacional, igualmente, nada é feito para tal mudança, começando, inclusive, pelos palanques eleitorais, que arrastam sempre as mesmas velhas raposas de sempre. As raposas velhas, farão sempre, o necessário para serem raposas.
Se foi no papado de Francisco, que a extrema direita retomou o poder? Isto, muito provavelmente, esteja ligado à postura de seu antecessor, assim, como as descobertas das fraudes do INSS, na atual gestão progressista, não faz dela a responsável por sua criação, ainda que possamos cobrar a demora, "vinte e oito meses" para estancar o sangramento.
Se é certo, que precisamos dar um passo além, precisamos, igualmente, saber que este passo além, não será dado, sem as devidas rupturas com o passado, mesmo quando este passado, nos parece confortável. Lembremos, estaremos sempre mais dispostos a nos expor as reações de uma ditadura, que via de regra, tortura e mata, que a adquirir consciência que a democracia burguesa, nos explora com um sorriso largo, um tapa nas costas, mas que em ambos os casos, as terras, ou os bens materiais e, por consequente, os privilégios, ainda são de uns poucos.
P.S lembremos, estes privilégios apenas para uns poucos, contrariam radicalmente as premissas de um deus único

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