A humanidade sempre viu o mundo pela ótica do poder, porém, para que esta visão pudesse ser dominante, foi necessário que os dominados cumprissem, por uma razão maior que suas meras existências, este discurso.
É justamente este o papel das religiões em todas as histórias de todas as civilizações humanas. (Poderíamos, aqui, fazer uma inserção em qualquer civilização, mas, a parte dominante, "principalmente no ocidente", vai gritar "balela") Portanto?
Não podemos negar a ascendência judaica na cultura cristã, mesmo não retornando aos primórdios "também politeísta" deste povo, a invasão Romana no Oriente Médio, é fundamental para que o cristianismo se espalhasse pelo mundo, já que a parte ocidental do mundo, que é cristã, só é, por ser parte moderna na expansão do império romano.
Quando os romanos chegaram à região, com seus cultos politeístas, precisaram administrar seu poder sobre a região, num pacto de tolerância com a religião nativa, porém, está religião nativa, tinha a profecia de um Messias, que libertaria seu povo.
Esta história, é largamente difundida, mas, o curvamento do império invasor a religião nativa, séc IV, com Constantino, assim, ao menos é vendido e comprado, vendido pelo cúpula da igreja e comprado, pelas elites e revendido ao povo em geral.
Quando o imperador Constantino, "se converte ao cristianismo, na verdade, converte o cristianismo as necessidades do império".
A religião cristã, contrariando a ideia libertaria do Cristo, passa a ser ferramenta de dominação. Mas, não de uma dominação qualquer, uma dominação vendido, não só pela submissão das pessoas, mas, principalmente, pelos dízimos, "doações" que financiam, mas não só, os custos de um potente império religioso.
Poderíamos, mencionar as denominações evangélicas, apenas para aplacar as pretensas ignorâncias destes ao real significado do teor libertário do Cristo, porém, estes, nunca deram a devida importância às falas dos profetas, que prediziam a vinda do Messias, assim, não compreenderão, o significado libertário das pregações deste, comprando, e caro, muito caro, a conversão de Constantino, como a submissão do império às vontades do Céu.
Como na verdade os cultos cristãos, "ops, estou falando necessariamente, das posições conservadoras", são por extensão, um culto ao Cristo de Constantino, não ao Cristo das profecias. Ele é um Cristo de direita, ou seja, um Cristo aliado do poder.
O séc passado, que trás, a descoberta das pregações de Cristo, não apenas desassociando o Cristo do velho testamento, mas, principalmente, o associando, às falas libertárias do próprio Cristo, ou, ainda, caso queiramos mergulhar na construção da religiosidade hebraica, numa idéia de comunismo primitivo, que chega aos nossos dias vivenciado não organizações tribais de nossos povos originários.
Porém, o poder constituída por quase dois milênios encima de um fé cristã, "de araque" não está disposta a perder a fonte de narrativas que lhes concede o poder. Nasceu então o poder das milícias digitais a serviço da direita e extrema direita.
P.S mas nada disto seria possível, sem os tiozões do ZAP.
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