sábado, 7 de dezembro de 2024

TOMO MDCLXXXVII - FÁBRICAS DE PRECONCEITOS


Dois fortes elementos na fabricação dos preconceitos, o primeiro, infelizmente, a família, o segundo, mais infelizmente ainda, as religiões.

Partindo de meus olhares para minha história, e principalmente, das histórias de integrantes de pessoas da família, que se tornaram evangélicas, tento compreender, e refletir, sobre as construções de preconceitos. 

A homofobia, é algo quase natural em muitas famílias, inclusive, na minha, como em todas as famílias, as opções sexuais existem, apesar das homofobias, os preconceitos ensinados, juntamente com o catecismo, as pessoas que assumiram a sexualidade diferente da imaginada, ainda que nunca tivemos uma conversa "olho no olho" com nenhuma destas pessoas, sou capaz imaginar. A carga emocional destes seres humanos. Sou muito amigo destes meus sobrinhos, nunca, lamento, houve esta conversa.

Há, no entanto, dois preconceitos, "o racial e a intolerância religiosa", tão natural como a homofobia, porém, muito mais perceptível.

Todos os meus dez irmãos, tem grafado na certidão de nascimento a cor parda, porém, lendo o dicionário, descobrirmos que esta etnia não existe, portanto?


Daí, as somas de expressões gratuitas, faladas diuturnamente contra as etnias, "não brancas" fazem seu doentio serviço.


No caldo da intolerância religiosa, principalmente, contra as religiões de matriz e, está pronto, soma-se a isto, os valores culturais, basicamente, o musical, já, que o rádio, era o único elemento cultural disponível. Para não ser taxado de negro, que era visto no seio familiar, não como pessoa inferior, mas, como alguém não nascida na Europa, ou seja, não invasora, ops, a leitura feita, é de descobridores.


Mesmo elemento racial se multiplica para a intolerância religiosa, "mesma nas famílias católicas" sempre, tendo a minha como referência, as religiões de matriz africana, que eram criminalizadas no seio familiar, principalmente, pelo sentimento, "invasor" presente nos excluídos, se potencializa, quando estas pessoas, são coptadas pelas denominações evangélicas.


Se na minha família, uma convivência, mesmo distante, com escravizados, isto trazia uma amizade para com estas pessoas, ainda que maudicesse estas religiões, não havia o ódio explicitado, já que, não só o convívio, mas, também a culpa, já que foram seus antepassados, os invasores, "claro, as elites destes" que ursuparam da força de trabalho destes. Mas, os evangélicos, mesmo revindicando, os mesmos dois mil anos de história do catolicismo, não conviveu com a escravização, assim, as etnias não brancas, "leia-se", não invasores de nossa Pindorama, são vistos como demoníacas, a não ser, que se abstenham de todos seus elementos culturais.


Se não há, a escravização como realidade vivida, há o tráfico de drogas e as milícias. Assim, estas duas vertentes criminosas, desde que convertidas ao evanlhecismo, é naturalmente aceito.


Isto, lá no fundo, explica, como estas correntes religiosas se aproximam e convivem com o bolsonarismo.


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