quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Primeira presidenta eleita na Namíbia: Netumbo Nandi-Ndaitwah

A candidata da Organização do Povo do Sudoeste Africano (Swapo), Netumbo Nandi-Ndaitwah, venceu finalmente as últimas eleições gerais da Namíbia e tornar-se-á a primeira mulher presidente do país africano.

A Comissão Eleitoral da Namíbia (ECN) declarou Nandi-Ndaitwa “como a vencedora e presidenta eleita das eleições presidenciais de 2024”, segundo uma publicação da organização no seu perfil oficial no Facebook.

Segundo dados publicados pela comissão, Nandi-Ndaitwa obteve pouco mais de 57,3 por cento (cerca de 640 mil votos), e o seu partido esteve perto de alcançar a maioria na Assembleia Nacional da Namíbia, com mais de 583 mil votos e 51 assentos.

Desta forma, o histórico Swapo alcançou a vitória e prolongará o seu mandato na Namíbia, que já dura mais de 35 anos, depois de eleições muito questionadas devido a graves problemas técnicos que obrigaram a prolongar a votação por dias.

A oposição Patriotas Independentes pela Mudança (IPC) anunciou que iria contestar as eleições em tribunal. O candidato da oposição, Panduleni Itula, obteve 25,5 por cento dos votos e o partido é a segunda formação mais representada na câmara, com 20 deputados.

As eleições começaram na quarta-feira em meio a um caos organizacional que levou as autoridades eleitorais a prolongar o período de votação até sábado. Para o oposicionista Itula, tal prorrogação mostra que as eleições devem ser disputadas, mesmo que o seu próprio partido acabe surpreendendo e vença.
Ela trabalhou na sede da SWAPO em Lusaka de 1974 a 1975 e frequentou um curso na Escola Superior Lenin Komsomol na União Soviética de 1975 a 1976. Ela se formou com um diploma no trabalho e na prática do movimento juvenil comunista.

Swapo governa a Namíbia desde a independência do país em 1990 e há cinco anos mostrou que a sua popularidade permaneceu mais ou menos intacta graças aos 65,5 por cento de apoio que obteve nas eleições de 2019, mas agora atravessa uma crise que envolve altos níveis de desemprego, corrupção e desigualdade.

Para aliviar a situação, o país está prestes a tornar-se um grande produtor de petróleo e gás, na sequência das recentes descobertas offshore na bacia de Orange, que Panduleni Itula deseja que sejam administradas por empresas como a TotalEnergies SE e a Shell Plc, tornando estas eleições um ponto de virada para uma nova economia e era política no país africano.

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