Dezenas de trabalhadores e voluntários da Cruz Vermelha participaram numa vigília à luz de velas em Genebra, na quarta-feira, para homenagear os seus mais de 30 colegas mortos em 2024, o ano mais mortal já registado para os trabalhadores humanitários.
Mais de 100 pessoas reuniram-se em frente à sede da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) naquela cidade suíça com coletes vermelhos, velas e fotografias dos seus camaradas assassinados.
A homenagem coincide com a morte, na quarta-feira, de um voluntário palestino da FICV na Faixa de Gaza, o que “eleva para 32 o número total de membros da rede da FICV mortos em todo o mundo este ano”, disse o grupo.
“Alaa Al-Derawi, membro da equipa médica de emergência, foi morto a tiro na zona de Khan Younis, em Gaza, pouco depois de transportar pacientes para tratamento”, explicou a entidade.
“Estamos chocados, horrorizados”, disse Nena Stoiljkovic, subsecretária-geral para relações globais, diplomacia e digitalização, no comício.
Embora ainda não tenha terminado, 2024 será o ano mais mortal para os trabalhadores humanitários. No mês passado, as Nações Unidas já anunciaram que o recorde de 280 trabalhadores humanitários assassinados no ano anterior tinha sido superado.
O conflito em Gaza aumentou especialmente esta estatística, mas os trabalhadores humanitários também sofreram violência e assassinatos em países como o Sudão e a Ucrânia.
“2024 é o ano mais mortal já registado para os trabalhadores humanitários, especialmente o pessoal local e os voluntários”, disse Stoiljkovic. “Este marco desastroso não poupou a rede da FICV”, acrescentou.
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