quarta-feira, 13 de novembro de 2024

TOMO MDCLXIII - ECUMENISMO, QUANDO AS RELIGIÕES SÃO HUMANAS


Foi só uma foto, mas, pensando bem, algo que deveria ser corriqueiro, nestes tempos de bolsonarismo, chega a ser notável, a imagem da foto com representantes de diversas religiões, (menos, é claro, "as correntes conservadoras"), organizadas num almoço coletivo para moradores em situação de rua.
Quando criança, toda vez que passava algum migrante, "recém chegado" quase sempre do nordeste, "oficialmente, inclusive para os retirantes", fugindo da seca, mas, numa realidade ignorada, fugindo mesma, é da cerca e do descaso político, pois, só foi a população brasileira, pensar fora da caixinha, e eleger um "proletário" para o nordeste passar a ser uma terra de oportunidades.

Muito mais, que exaltemos os nobres significados da imagem, devemos, por uma questão de ética, "antropológica" resgatar as construções pelas quais a humanidade passou, até chegar ao mundo do ultra-liberalismo.

Há, diversas camadas, da dita evolução, estas "ditas evoluções" não enxergam os possíveis benefícios de saberes acumulados, lá no fundo, um remoto passado nômade, ainda fala muito alto, num pedacinho da alma completamente inacessível a parte consciente dos seres humanos. Isto colocado, mesmo neste em sociedades, "economicamente muito maís fortes que das nações sul-americanas, há, e muito, muitas pessoas vivendo nas ruas, repito, esta é uma situação antropológica, não queiramos nós, com nossa visão, apenas umbilical, nos julgar no direito de sermos toda estrutura jurídica, investigar, processar, acusar, "banir o direito de defesa" e condenar a vagabundagem, quem não se adequa as submissões, anti ao capetal, que estas sociedades, ditas modernas, impõe, a toda humanidade.

Se infelizmente, nem todas as pessoas estão, ou estarão, integradas ao capetalismo. Porém, mesmo não se adaptando às regras das "selvagens explorações", ainda deveríamos ter sentimentos de preservação, não só individual, mas, da espécie.
Assim, exatamente a minha mãe, que sempre, mesmo dentro de todas as carências que enfrentávamos, sempre era providenciados alguns víveres para o retirante.

Passado décadas, o número de pessoas, que chegaram à situação de rua, passa, e em muito, não só por uma questão antropológica, ainda que esta exista, muitas destas ocorrências, estão mesmo relacionadas a um banimento de boa parte dos seres humanos das benéfices do capetalismo, principalmente depois do golpe de dezesseis.

Isto mesmo, o golpe contra as gestões progressistas, que graças a uma agressiva campanha midiática, conseguiu apoio entre diversas camadas populares, são exatamente os integrantes destas camadas, que estão em situação de rua, pela extinção de seus postos de trabalho.

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