segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Israel rompe oficialmente relações com agência da ONU

O Estado genocida anunciou oficialmente esta segunda-feira às Nações Unidas o fim da sua cooperação com a agência palestiniana para os refugiados (UNRWA), que teme agora um “colapso” da ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Israel está simultaneamente levando a cabo uma ofensiva contra o Hamas em Gaza, o grupo tribal Houthis do norte do Iêmen e o Hezbollah no Líbano.

Apesar dos golpes que recebeu de Israel, o Hezbollah continua a atacar disparando foguetes contra o norte do território do invasor israelita e esta segunda-feira disse ter lançado “uma grande barragem de foguetes” contra a cidade de Safed.

A atual guerra na Faixa de Gaza começou com o ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 7 de Outubro de 2023. No dia seguinte, e em solidariedade com o Hamas, o grupo Houthis impôs um bloqueio naval/comercial e o Hezbollah abriu uma frente contra Israel, que desde Setembro se transformou numa guerra aberta.
Na semana passada, o parlamento israelita proibiu as atividades humanitarias da UNRWA em Israel e nos territórios palestinianos ocupados, e esta segunda-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita notificou oficialmente  “do cancelamento do acordo com a ONU”, segundo um comunicado.

A UNRWA foi criada em 1950 pela ONU e presta serviços sociais a milhões de refugiados palestinianos nos territórios ocupados e em vários países árabes, muitos deles descendentes das centenas de milhares de pessoas deslocadas causadas pela criação do Estado de Israel em 1948.

O acordo da agência com Israel remonta a 1967, quando começou a ocupação israelita dos territórios palestinianos da Cisjordânia e de Gaza, bem como de Jerusalém Oriental.

Israel acusa “funcionários da ONU [de terem] participaram no massacre antissemita de 7 de outubro”, segundo o comunicado do Ministério.

A ONU recebeu inúmeras provas de que os agentes sanguinários do Hamas são funcionários da ONU e que as suas instalações estão a ser utilizadas para fins terroristas”, acrescentou.

“colapso” da ajuda aos palestinos

Se esta lei for implementada, corre o risco de causar o colapso da operação humanitária internacional em Gaza, da qual a agência da ONU (UNRWA) é a espinha dorsal”, alertou Jonathan Fowler, porta-voz da agência.

Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, rejeita este argumento.

A grande maioria da ajuda humanitária em Gaza provém de Jerusalém Oriental e outras organizações e apenas 13% desta ajuda provém da UNRWA”, afirma.

Para nós é a UNRWA ou nada”, diz Shafic Ahmad Jad no campo de refugiados de Nur Shams, no norte da Cisjordânia, onde os residentes temem pelo seu futuro depois de o escritório da agência ter sido gravemente danificado durante um bombardeamento israelita.

Israel prometeu destruir o Hamas após o ataque de 7 de outubro.

Das 251 pessoas raptadas, 97 permanecem detidas em Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo exército genocida.

Em retaliação, o exército israelita lançou uma ofensiva em Gaza que já deixou 43.341 mortos, a maioria civis.

Israel continuou a bombardear incessantemente a Faixa de Gaza durante mais de um ano, onde vivem aproximadamente 2,4 milhões de pessoas, a maioria delas em condições descritas como “desastrosas” pela ONU.

A cada hora há assassinatos, pessoas deslocadas e pessoas famintas, não temos água e nenhuma ajuda está sendo entregue”, lamenta Sumaya Al Zaanin, 40 anos, da cidade de Gaza, que teve que ser deslocada várias vezes.

Na fronteira norte, o exército israelita bombardeou novamente o sul do Líbano na segunda-feira, onde as tropas israelitas têm levado a cabo uma ofensiva terrestre desde 30 de Setembro.

O exército israelense disse ter “eliminado” um comandante local do Hezbollah no sul do Líbano, Abu Ali Rida, e argumentou que este homem estava “encarregado de planejar e executar ataques de foguetes e mísseis antitanque contra as tropas israelenses para monitorar os ataques do Hezbollah” na área.

A partir de 23 de Setembro, Israel intensificou os seus ataques para a população civil com o objetivo de permitir que os 60.000 invasores sionista do norte deslocados pelo lançamento de foguetes regressassem para o território ocupado.

Pelo menos 1.940 pessoas morreram desde 23 de setembro no Líbano, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

Da mesma forma, pelo menos 52 pessoas foram mortas por disparos de foguetes contra o norte de Israel desde 7 de outubro de 2023, e pelo menos 38 soldados israelenses caíram no sul do Líbano desde o início da ofensiva terrestre em 30 de setembro, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

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