domingo, 3 de novembro de 2024

POESIAS DE DOMINGO

 


CASA DOS MORTOS - 
TRANSLÚCIDOS - A FILHA DO CÉU E DA GAIA - SEM CORREÇÕES - PARTIÇÃO 

CASA DOS MORTOS

Ah, quem dera, ter um milésimo,

Um milésimo só,

Capacidade mental de um Fiodir,

Putz se um milésimo eu tivesse,

Aí, como Dostoiévski, pensaria.


Mas, o quê mesmo Fiodor Dostoiévski pensaria?


Quando ele, ao deparar,

Com toda a impiedade de um "ímpio",

Que utiliza da imponência de púlpito,

Para de lá, exalando "des'saberes",

Vaticinar a concretude de crises inexistentes.


Então, eu, sobrevivente da "casa dos mortos",

Relataria, num pestanejar,

As dores de cárcere na Sibéria,

Porém, quem passou pelos porões do "DÓI-CODI",

Dê lá, ausente os gelos.


E eu, enquanto um reles sobrevivente,

"Das casas dos mortos",

Não, não eu, não fui preso pelo dói-codi,

Também não estive na Sibéria,

(Também não tenho os talentos de Fiodor),

Isto não reduz minhas angústias,

Em ouvir as cabalísticas previsões de um bispo,

(Bispo da bi-milenar) Igreja católica,

Falando de uma inexistente crises,

Rogando, no entanto, pela paz eterna,

Dos mais de setecentas mil mortes.


Nesta hora, que rogo pela sapiência de um Fiodor,

Para não clamar pela honestidade de um ladrão de jóias,

Que venha substituir os roubos inexistentes,

Mas, condenado por um juiz entreguista,

Que entregou a destruição da minha nação,

As fúrias de mil-cheques de desonestidades.


Se Fiodor Dostoiévski, em sua visita à casa dos mortos,

Prisioneiro de um tempo, em que religião e política,

Não se separava, ah, isto lá no séc XVIII,

Mas, hoje no XXI, eu, já que não sou o Fiodor,

Ouço calado as peripécias de um Cristo na goiabeira.


Santo SemFé


TRANSLÚCIDOS


A luz que perpassa meu ser,

Iluminaria o entorno,

Falta em mim, o catalisador.


Além de não ter, não sou,

Não cataliso, as luminosidades,

Também, rejeito, as obscuridades.



Mesmo sem catalisar os saberes,

Tento me aproximar deles,

Mesmo percebendo as obscuridades,

Sei, que só os saberes,

Ainda que eu não os domine,

Só a luz vence as trevas,

Estas, no entanto, como se donas da verdade fosse,

Sim, há uma condicionante imposta,

Não pelas obscuridades, "trevas",

Mas, exatamente por seus precursores.


Assim, pessoas de bem,

Julgando-se pessoas de bens,

Votam, mesmo sem eleger,

Nos novos tão velhos,

Quando a ausência da luz 


Anesino Sandice


A FILHA DO CÉU E DA GAIA


Mnenosine, parece ter abandonado a humanidade,

Ainda, que no caso brasileiro,

Parece que nunca pisou por aqui.


A memória, aquela mesma protegida por Mnenosine,

É um culto que o brasileiro, cultua,

Exatamente não cultuar.


Sem memória, ou fazendo questão de não ter,

O brasileiro, se esquece do ontem,

Assim, repete, repete e repete,

Os mesmos erros de sempre,

E sempre a culpa é de alguém,

Não, nunca o brasileiro em questão.


Mas, há um culpado, nunca culpabilizado,

Quem é o responsável pelas enchentes nas ruas,

Já que não há culpado, a culpa e deus,

Ou quem sabe, de um acaso casual,

Quem é o responsável pelas altas dos preços,

Então, não há a lógica do mercado,

A lei da oferta e da procura,

Isto deve ser coisa do Marx, aquele comunista,

Se é mal pago, fazer greve, não é opção,

Isto desagrada o patrão, quando o patrão se irrita,

Dispensa, também, o fura-greve, mas a culpa,

Bem, a culpa é do grevista, afinal,

Ele, o grevista, no dia-a-dia, produz,

Já ele, o fura-greve, se esquece,

No capetalismo, o que vale é a produção.


Mas, a memória, Mnenosine, ele não cultua não,

Não aprende, não lê, não estuda,

É o cardápio da exploração.


Anesino Sandice


SEM CORREÇÕES


Sou um autêntico patriota,

Nada, afirmo e reafirmo,

Nada, absolutamente nada,

Em meu patriótico comportamento,

É passível de críticas.


Nada mais natural, claro,

Que minhas referências ao pavilhão yanque,

Afinal, foi para lá, que depois de expulsos de cá,

Foram os cristãos novos,

Foram, levaram seus capetais,

Capetais, estes, das mesmas plantações,

Que exploravam igualmente, suas colônias,

De lá, vieram as novas religiões, ops, "novas",

Que mantém as explorações.


Assim, ou igualmente assim,

Não cabe correção alguma,

Às minhas defesas da democracia,

Já que na soberana democracia que defendo,

A igualdade vem da igual submissão ao deus, 

Ops, sem merecer nenhuma correção,

Mas, ao deus, qual me submeto,

Ainda que seja o mesmo Cristo,

Ele tem as particularidades impostas pelo meu pastor.


Ainda que este Cristo seja o mesmo,

Sem mãe e sem imagem,

Mas, com um radical e indiscutível, 

Culto à cruz, pois,

Sem a cruz que o imolou,

Sem a coroa de espinhos em sua cabeça,

Como meu mito poderia defender a tortura.


Ainda, que seja mesmo o Cristo,

Ainda que seja mesmo o dízimo,

Afinal, dízimo, é sempre "10%",

Ainda compro feijão.


Ainda que seja o mesmo Cristo,

Ainda que pague o dízimo,

Já comprei e paguei meu lote na Lua,

Até porque, o dízimo não paga a mansão,

Nem mesmo paga o iate, 

Nem paga o necessário avião,

Nem a gasolina do carrão.


Não, não me corrija,

Mas, peço que meu deus castigue,

Quem diz que minhas opção,

O português, não se corrige não,

Estes dizem que minha fé,

Me faz um cristão R$3.00.


Isto sim, é heresia, abençoado irmão.


Santo SemFé



PARTIÇÃO 


Partir de mim a inteligência,

Virei um bolzominium raiz, 

Acusei de crimes inexistentes, 

Defendi, crimes como natural.


Busquei no hoje, vivência de milênios,

E bota milênio nisto,

Biblicamente, falam-se em seis,

Mas, há conversas nestes seis,

Que apontam para trinta, 

Não me surpreenderei se forem cinquenta.


Ah, primeiro preciso dizer que:

É impossível o primeiro ser o primeiro,

Muito provavelmente o segundo.

Importa, certamente não.


Porém, infelizmente o que fez partir de mim a inteligência,

É justamente a certanização deste erro.


Não cobrem de mim a coerência,

Muito menos se a coerência que querem,

Seja oriunda da enganação.


Engana-se quem defende a natural biblicalização da ignorância,

Ainda que para a existência da fé,

Precisa haver uma "certa" varredura da ciência.


A primeira varredura para que a fé exista,

Foi a história, depois da história,

Varreu-se a geografia,

A mecânica, nem mesmo existia,

Ops, só que sim, a dinâmica dos blocos de pedra,

Ah, havia engenharia,

Certamente, havia a arquiteta,

Ops, esta, já era engenharia.


Dentro das engenharias,

Havia a elétrica, "química",

Certamente havia a níquelação,

Níquelação, um processo sem eletrodos,

Evidentemente não há.


Muito provavelmente, você não precisará,

De nenhum sacrifício para me convencer,

Os hebraicos, raiz cultural do Cristo,

Eram cabalmente, "inimigos" das ciênciad,

Sim, eram, mas eles foram escravizados no Egito,

Lá havia níquelação.


Então?


Santo SemFé


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