TOMO MCXDVII - A ESTRANHA DIVISÃO DO ECETISTA A. F. B

O ecetista, "trabalhador dos correios e telégrafos", baiano de nascimento, mas, paulistano por adoção. Trabalhador concursado, tem seu corpo e cérebro, igualmente dividido entre duas realidades e aspirações.

Enquanto o lado direito do seu cérebro, aquele que coordena a lado esquerdo do corpo, vive, um verdadeiro carrossel de adrenalina e, uma enorme dose de inveja, dos seus colegas sabespianos, apesar de igualmente concursados, não têm certeza da aposentadoria, já que o desgovernador, "Tragédia Turista de Freitas", insiste na ideia da privatização, que bane dos trabalhadores a estabilidade e piora em muito, os serviços, vide a situação do Rio de Janeiro, Estado que até 2022, abrigava o título eleitoral do turista, ou pelos péssimos serviços prestados pela concessionária de energia, mas o ecetista, fiel conservador, clama, pelos direitos do patronato, bem como pela irreal sensação, do ausente bem estar, assim está fulo de raiva da sua metade nordestina.

O lado esquerdo do seu cérebro, que controla a parte direita do corpo, vive uma incomoda, pasmaceira, trabalhador ecetista, com problemas de saúde, em razão das pesadas sacolas de cartas, ainda empregado, graças, a uma relativa estabilidade, com um salário muito melhor que os terceirizados, com uma série de benefícios, que os terceirizados, nem sonham existir. Ah, se não fosse seus irmãos nordestinos, certamente os CORREIOS, na vontade do capetão, já estaria privatizado e ele desempregado, com mais de cinquenta anos de idade, e sem profissão.

É justamente aqui, que a parte fiel conservador do seu cérebro, volta a se assanhar. Nos tempos do governo do capitão, até os funcionários das agências terceirizadas eram ricos, a prova é que pagavam imposto de renda, agora vem este nove dedos e aumenta o limite de isenção. 

Mas a culpa é dos malditos nordestinos, o nove dedos, nunca foi cristão, sempre esteve ligados ao malditos comunistas, sempre quis que os trabalhadores tivessem cesta básica, SUS, participação nos lucros das empresas, organizou lutas pela redução da jornada de trabalho e até por um décimo quarto salário, este maldito não sabe que isto reduz a lucratividade do patrão?

P.S ainda que as inicias do nome, pertença mesmo a um ecetista, a narrativa é fantasiosa, só que nem tanto, nas eleições de 1992, um professor da rede estadual de ensino, ajudou a eleger o candidato vencedor daquela eleição, exatamente para que seus colegas da rede municipal, não continuassem  a ter reajustes superiores aos da rede estadual, pois estes já tinham salários melhoras