terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Poesias de Anesino Sandice I

DÚVIDAS, DESAJOELHAR, DESABITADO e COMO FAZER UMA POESIA



DÚVIDAS

Não sei, se sou um jovem velho,

Pois, aos setenta,

Sonho em descobrir o mundo,

Mas, como velho jovem,

Alguém, para quem os anos não pesam,

A mente continua aberta,

Mas, o envelhecido mundo,

Num hoje, revivendo fantasmas,

Pasmem, de oitenta anos atrás.


Não é minha idade,

Nem física, que pesa nas disposições das pernas,

Ignora-se a cronológica,

Nem minha, "juvenil", idade mental.


O revivanento dos fantasmas do nazi-fascismo,

Poda-me o futuro do ontem,

Fechando-me no passado de um antes-de-ontem.

Se o jovem e o velho consistem,

Na mesma cabeça louca de poeta,

A dessobriadez do mundo assusta.




DESAJOELHAR

Há uma grande distância entre os tipos de governos,

Na República capetalista,

Por princípios, só por princípios,

Somos iguais.

Nas monarquias, o súdito,

Se ajoelha para à realiza.

Aparentemente há uma enorme distinção.


O problema é que esta distinção é só aparente,

Na prática, o excluído no capetalismo,

Só não se ajoelha, por nunca ter se levantado.


A questão não é a curvatura física,

Esta atualmente inexiste.

Mas, a curvatura psicóloga do corpo,

Nunca deixou de existir.


A burguesia dirige igreja,

Que forma culturalmente a sociedade,

Esta cultura dirigida pelas igrejas,

Elege majitotiamente o parlamento,

Que fazem as leis.


Culturalmente, a burguesia,

Toma conta do judiciário,

Que julga as leis,

Leis estas elaboradas pela burguesia,


A polícia, estrutura do Estado burguês,

Protege a propriedade do burguês,

Vigiando e controlando os excluídos,

Para organizar e proteger os não excluídos.


A polícia, estrutura do Estado burguês,

Mesmo quando recrutado entre os excluídos,

São ferramentas da potencialização da exclusão.


Há um outro setor,

Também quase sempre recrutado,

Numa estranha classe mérdia,

Que também é responsável pela, cultura,

Os representantes deste setor,

Quase sempre vira PIG,

E aqui vira, não só inimigos dos excluídos,

São também inimigos do Brasil.


Desajielhar é preciso!


DESABITADO


Desde não sei quando,
Desabitei da minha cachola louca,
Desabitei, por pura incompatibilidade,
E olha, que a louca cachola,
Que abrigava meu ser,
Era completamente louca,
Louca demais, para este mundo de correção,
Desnecessário pois,
De qualquer correição.


Neste mundo, onde a correição,
É desnecessária, o cristão,
É assumidamente, "sem assumir",
Um anti-Cristo de passaporte judeu.


Neste mundo onde a correição,
É desnecessária o título de doutor,
É expelido, isto mesmo, expelido,
Não expedido, pela reconhecida universidade,
Que forma os tiozões do ZAP,
Tem o currículo abençoado,
Pelos doutores em "burrices-causa",
Referendada pela rede superior do PIG.


Neste mundo onde a correição,
É desnecessária,
O patriotismo, e medido,
Pelo número de referências feitas,
Às bandeiras das terras do Tio San,
E, é claro, para os promotores de genocídios.


Neste mundo, desabitado da minha insistência em viver,
Desabitei do conforto,
Da minha cachola louca,
Para habitar o palacete das palavras livres.


O tal palacete foi erguido,
Numa vereda no meio do nada,
Esta vereda, no meio do nada,
Está no meio de tudo,
Que o universo da consciência,
Formada a partir de algumas certezas,
A certeza, que mesmo só,
E, preferencialmente sem o Deus do ódio,
Poderei encontrar a paz.


COMO FAZER UMA POESIA


Para se fazer uma poesia,
Nem mesmo precisa estar em verso,
Mas, é preciso atentar,
Mas, cuidado com as palavras,
Você pode confundir:
Atentar, com atentado e não,
Não será poesia,
Mesmo que em versos.


Não se poetiza o fim da liberdade,
Pois, para fazer poesia,
É preciso, um sentimento de liberdade.


A poesia, pode, ou não,
Ter metricidade,
Mas, a poesia precisa de liberdade.


A poesia pode falar de amor,
A poesia, pode cantar a flor,
A poesia pode exprimir a dor,
A poesia, rimada ou não,
É poesia quando o sentimento,
Sente a expressão do pensar.


Poetizar, pode então,
Ser o almoço de domingo,
Não dá para se poetizar,
A falta de almoço,
Já que a falta de almoço,
Exprime a falta de liberdade,
Que também é a falta de empatia.


Se você é poeta e pensou, só pensou,
Em ir à Paulista, neste domingo,
Te falta amigo, a compreensão do que é liberdade.

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