Desde que um amigo de "conversa filosófica" nos perguntou de onde os evangélicos tiram o "cento e quarenta e quatro mil fiéis que seriam arrebatados durante o apocalipse", estou para fazer uma viagem mental, a um livro que li a décadas, sobre fé e política em Israel.
Ainda que na humilde opinião deste cronista, isto tenha o mesmo efeito prático do Cristo na goiabeira da Damares, infelizmente, isto tem o mesmo efeito "psicossomático" de tentar convencer um bolzominium que o quilo de contrafilé, a R$40,00 e mais barato que o mesmo quilo de contrafilé, a R$60,00, dos dias de cornociatas. Simplesmente impossível.
A razão de nossa visita ao tema nesta manhã, é que um outro amigo, este também de décadas, lembrou das disputas apocalípticas no carnaval na Bahia, sem entrar no mérito da disputa de narrativas carnavalescas, sinto-me, na obrigação intelectual, de uma intelectualidade que confesso, não possuo, a matematicalizar os cento e quarenta e quatro mil arrebatados, ora, são doze tribos, doze mil de cada tribo!
A questão só não se encerra na utópica matemática, sem adentrarmos a própria questão da organização da fé e da política em Israel, uma sociedade tribal, sem a organização de um Estado, onde a estrutura política se dava em torno das igrejas, "sinagogas", que cobrava o dízimo, "leia-se imposto único", para a gestão das demandas sociais, o reino de Israel, iniciado pelo tetraneto de Davi, casa de onde sairia o Messias, que viria para reconstruir a glória do povo de Israel, só que este Messias foi preso, torturado e executado, por não defender o "reino" e sim a volta a uma sociedade tribal. Sociedade tribal, sem exércitos ou impostos, exceto, é claro, o dízimo, uma sociedade inclusiva, leia-se, a parábola do bom samaritano, uma sociedade que não fizesse distinção de gênero, vide, atire a primeira pedra quem não tiver pecado, uma sociedade não homofóbica, "não só porque, as relações homoafetivas eram comuns naquela época, com está escrito amai-vos uns aos outros.
É bastante curioso que os tais evangélicos que querem a pretensão de ser um dos arrebatados, mas se recusam a amar indistintamente.
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