POESIA PARA ORGANIZAR
AH?
Em primeiro lugar,
Não haveria sequer,
Uma igreja evangélica,
Pois, uma vez sabendo ler,
Claro, depois da idade média,
Já que lá, nem os clérigos, liam,
Apenas como papagaios,
Reproduziam os sons ouvidos,
Por superiores de uma igreja,
Sedenta por poder.
E foi exatamente esta sede,
Que criou o mito do Cristo loiro,
E foi exatamente esta sede,
Que criou o mito do Cristo de olhos azuis.
Passados quase dois milênios,
As pessoas continuam a reproduzir,
Os sons ouvidos das bocas dos superiores,
De uma igreja, ops, agora, são muitas,
Muitas não, incontáveis igrejas,
Que impõem os mesmos repetires,
"O Cristo loiro, de olhos azuis,
O Cristo loiro, amante das minorias,
Mas, não de qualquer minoria,
Só as seletas minorias,
De olhos igualmente azuis,
De cutis, igualmente loira,
Mas, de poupudas contas bancárias.
Mas, o que mantém a constante sanha,
Das não tão tradicionais igrejas,
Que nascem rápido, tão rápido,
Quanto o piscar dos olhos,
São justamente as incapacidades de leitura,
Pois, se o povo tivesse aprendido,
Ou melhor, apriendido a ler,
Assim, senhores da capacidade de ensinar a ler.
Os fiéis das igrejas, cônscios,
De que as tribos do Galiléia,
De que as tribos de Jerusalém,
Não tinham Estado,
Os dízimos eram tributos,
Destinados aos serviços da comunidade,
Não para a riqueza de pastores.
Sem dízimos, não haveria esta febre,
Para doutrinar meio mundo,
Como completos desinformados,
Assim, perpetuarem as poupudas contas bancárias dos homens brancos de olhos azuis.
Santo sem Fé
MELÔ DO ALIENADO
É preciso BBB e muita bosta,
P'ra saciar o alienadão,
Ostenta como louvor,
Zero em história,
Pois, quem aprende esta lição,
Questiona até o preço do pão,
Isto lhe apavora a razão,
Isto deixa fulo de raiva,
O herói, o seu patrão.
É preciso BBB e muita bosta,
P'ra saciar o alienadão,
Detesta a política, passa fome,
Só p'ra engrandecer o tal patrão,
E pedir aumento é proibido,
P'ra controlar a infração.
É preciso BBB e muita bosta,
P'ra saciar o alienadão,
Ainda detestando a política,
O sindicato dedura com a mão,
Doente vai ao médico no domingo,
Atestado atrapalha o patrão.
É preciso BBB e muita bosta,
P'ra saciar o alienadão,
É religioso bem carola,
Vai de bíblia na condução,
Lá ele lê com maestria,
Que a terra é toda do patrão,
Vai de bíblia na condução,
Lá ele lê com maestria,
Que a mulher lhe deve obrigação.
É preciso BBB e muita bosta,
P'ra agradar o alienadão,
Vive as turras com o mundo,
Só para agradar o seu patrão.
É preciso BBB e muita bosta,
P'ra calar o alienadão,
Deve o mercado, o aluguel,
Mas o dízimo,
Não deve não,
Caso falte com esta obrigação,
Lhe espera o inexistente cramulhão.
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