Um tribunal no leste da Líbia prendeu 37 pessoas por tráfico humano, após a morte de 11 migrantes cujo barco afundou no Mar Mediterrâneo a caminho da Europa.
O tribunal de apelações de Al-Bayda condenou cinco dos réus à prisão perpétua, enquanto nove receberam 15 anos de prisão. O resto recebeu sentenças de um ano.
Os réus faziam parte de uma rede de contrabando de migrantes da Líbia para a Europa, informou a mídia local na terça-feira, 11 de julho, citando um comunicado do Ministério Público. Eles foram acusados de organizar uma travessia de migrantes com destino à Itália em um navio em ruínas, resultando em 11 mortes por afogamento.
Detalhes de quando o incidente mortal ocorreu não foram fornecidos.
O país do norte da África, um importante ponto de trânsito para o tráfico de pessoas desde a derrubada de Muamar Gaddafi apoiada pelo Ocidente em 2011, tornou-se um dos pontos de partida mais perigosos para pessoas que tentam chegar à Europa por mar, de acordo com a Organização Internacional para Migração da ONU. (OIM).
De acordo com os dados do Projeto de Migrantes Desaparecidos da OIM, quase 3.800 pessoas morreram em rotas de migração de e dentro da região do Oriente Médio e Norte da África (MENA), que inclui a Líbia, somente em 2022.
No mês passado, centenas de migrantes foram dados como mortos depois que um barco supostamente do Egito, que carregava passageiros na Líbia, virou no Mar Mediterrâneo perto da costa da Grécia.
Em abril, a organização marítima-humanitária europeia SOS Mediterranee disse que 92 migrantes foram resgatados na costa da Líbia enquanto tentavam chegar à Europa.
Além das mortes no mar, a Líbia teve o maior número de mortes em rotas terrestres no norte da África, com 117 pessoas morrendo em 2022, informou a agência de migração da ONU.
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