A visita visa promover “uma interação mais próxima com os países africanos”, “diversificar os destinos de exportação do Irã” e “criar mais motivos para cooperação política e comercial”, segundo o Ministério das Relações Exteriores iraniano.
A missão de Raisi na África ocorre mais de uma década depois que o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad visitou Benin, Níger e Gana em 2013.
O Presidente vai ainda visitar o Uganda e o Zimbabué, numa viagem que Teerão qualificou como um “novo começo” nas relações com o continente, que qualificou como “terra de oportunidades” e “fortuna”.
Hossein Amir-Abdollahian |
Hossein Amir-Abdollahian, ministro das Relações Exteriores do Irã, disse que os recursos minerais da África e as oportunidades econômicas em vários setores, bem como os da República Islâmica, fornecem “um terreno importante para ambos os lados desenvolverem interesses e lucrar com as capacidades existentes”.
O presidente do Quênia, Ruto, anunciou que Teerã concordou em aumentar os esforços de pesquisa e tecnologia de seu país em manufatura, saúde e economia azul.
Os dois países também concluíram importantes memorandos de entendimento (MoUs) nas áreas de agricultura, pecuária, cultura e patrimônio, informação, informação e comunicação, pesca e habitação, bem como desenvolvimento urbano.
“O Quênia está empenhado em aumentar seus volumes comerciais com o Irã”, disse Ruto, acrescentando que Nairóbi exportará produtos agrícolas e seu chá para Teerã, “que também atuará como um ponto de entrada importante para os países da Ásia Central”.
Espera-se que o presidente da República Islâmica visite a África do Sul em um “futuro próximo”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país.
Raisi esteve na América Latina no mês passado, após sua visita à Indonésia no mês anterior, tudo como parte de um esforço para ampliar seu alcance diplomático aos países em desenvolvimento, onde dezenas de acordos foram assinados. O líder criticou as ações de Washington, principalmente as sanções econômicas impostas ao Irã e seus aliados latino-americanos.
O Irã está sujeito a sanções dos EUA desde 2018, quando o então presidente Donald Trump cancelou um acordo nuclear multilateral e reimpôs restrições econômicas a Teerã.
No início deste mês, o Irã tornou-se membro pleno da Organização de Cooperação de Xangai, tornando-se o nono membro do bloco de segurança fundado em 2001. O órgão intergovernamental, que inclui China, Índia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Paquistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, prioriza cooperação nas áreas de política, segurança, comércio, economia, finanças e investimentos, bem como nas relações culturais e humanitárias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário