O embaixador da Rússia na Somália, Mikhail Golovanov, que chegou a Mogadíscio no sábado antes da entrega, entregou os grãos gratuitamente ao ministro dos transportes marítimos e portos da Somália, Abdullahi Ahmed Jama.
Moscovo comprometeu-se a ajudar a Somália a lidar com uma crise de fome causada por secas prolongadas e inundações recentes que afectaram a maioria das províncias do país, deslocando cerca de 250 mil pessoas. O programa alimentar da ONU afirmou no mês passado que cerca de 4,1 milhões de pessoas no país enfrentarão fome aguda até ao final do ano.
No mês passado, o Ministro da Agricultura russo, Dmitry Patrushev, anunciou que dois carregamentos de cereais gratuitos tinham partido para o Burkina Faso e a Somália, como parte de uma promessa feita pelo Presidente Vladimir Putin na cimeira Rússia-África, em Julho.
Segundo Patrushev, até o final do ano serão entregues até 200 mil toneladas de grãos aos seis países africanos que enfrentam insegurança alimentar. Com a Somália a ser a primeira a receber a ajuda e o Burkina Faso já a partir das costas russas, as outras quatro nações que beneficiarão da iniciativa são a Eritreia, o Zimbabué, o Mali e a República Centro-Africana.
A Rússia tomou o acordo alternativo para fornecer trigo gratuitamente aos países africanos depois de se retirar da Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, que foi intermediada pela ONU e pela Turquia no ano passado para facilitar as exportações de cereais da Ucrânia para os mercados mundiais, especialmente para os países pobres. Moscou acusou os países ocidentais de não cumprirem as suas obrigações decorrentes do acordo, como o levantamento de sanções que impediam as exportações agrícolas russas.
Na quinta-feira, o ministro dos transportes marítimos da Somália saudou a assistência de Moscou como “oportuna” e agradeceu ao Kremlin pelo gesto.
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