Brazil expels Nicaraguan ambassador in retaliation as rift between leaders grows |
O Itamaraty informou em comunicado que decidiu expulsar a embaixadora da Nicarágua, Fulvia Patricia Castro Matu, "em decorrência da aplicação do princípio da reciprocidade à medida adotada pelo governo da Nicarágua em relação ao embaixador do Brasil em Manágua". " Expressou também que o Embaixador Breno da Costa já havia deixado o país centro-americano.
O governo da Nicarágua afirmou que tanto Castro como Da Costa abandonaram os seus cargos, mas não mencionou que foram expulsos nem deu detalhes sobre os motivos disso.
O Itamaraty detalhou que Da Costa foi expulso por não ter comparecido às comemorações do 45º aniversário da revolução sandinista na Nicarágua. Ortega, cujos críticos o consideram um líder autoritário, lutou como guerrilheiro nesse movimento.
Ao longo do ano passado, o conflito entre Ortega e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que eram antigos aliados, alargou-se cada vez mais.
Duas fontes diplomáticas em Brasília disseram à AP que o governo da Nicarágua protestou há duas semanas pela ausência de Da Costa nas festividades, abrindo caminho para a sua expulsão. As fontes, que falaram sob condição de anonimato por não estarem autorizadas a falar publicamente sobre o assunto, acrescentaram que o embaixador brasileiro estava cumprindo ordens do Itamaraty de seu país.
O ministério não havia confirmado anteriormente notícias da imprensa local sobre a expulsão do embaixador brasileiro.
Lula, que apoiou a presidência de Ortega, distanciou-se dele quando o presidente da Nicarágua ignorou um pedido do Papa Francisco para acabar com a repressão contra os clérigos católicos no país centro-americano.
A Amnistia Internacional informou em Abril que o governo Ortega deteve arbitrariamente pelo menos 119 pessoas, incluindo o bispo católico Rolando Álvarez, por alegada conspiração e divulgação de informações falsas.
O Brasil congelou as relações com o país centro-americano, o que significa que não há visitas ou reuniões entre líderes e diplomatas dos dois países.
Letícia Bessa, assistente administrativa da embaixada da Nicarágua na capital brasileira, disse que Matu deixou o país antes que o Itamaraty ratificasse sua decisão.
Posteriormente, o Itamaraty indicou que a saída do seu embaixador não representa uma ruptura total nas relações diplomáticas com Manágua.
A vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, que também é a primeira-dama e principal porta-voz do governo, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a disputa diplomática.
Em entrevista coletiva com agências de notícias internacionais em Brasília, no dia 22 de julho, Lula confirmou aos repórteres que Ortega não atendia seus telefonemas.
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