“Uma expansão pode transformar o bloco em outra coisa”, disse um funcionário brasileiro anônimo, citado pela agência de notícias na quarta-feira, 2 de agosto. “O posicionamento do Brasil tem se preocupado com a coesão do grupo e a preservação do nosso espaço em um grupo de países importantes.”
Atualmente, o BRICS inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com o último se juntando aos quatro membros originais em 2010. O clube se apresenta como contrapeso da influência ocidental global enquanto o mundo faz a transição para uma ordem política multipolar.
Atualmente representa cerca de 40% da população global e quase um quarto de sua economia, e está desenvolvendo alternativas para instituições financeiras internacionais atualmente dominantes, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.
Dezenas de nações anunciaram seu interesse em ingressar no BRICS, sendo a Bolívia a mais recente a fazê-lo, e 22 solicitaram formalmente a adesão. Os membros atuais estão discutindo quais critérios formais os candidatos devem atender, na esperança de que possam chegar a um consenso a tempo da próxima cúpula de líderes em Joanesburgo, de 20 a 22 de agosto.
A China e a Rússia expressaram apoio à expansão da organização, e a África do Sul é a favor da medida, desde que as regras sejam cuidadosamente consideradas. A Índia “tem reservas”, mas abandonou amplamente sua relutância anterior, segundo a Reuters, deixando o Brasil como o “principal reduto de protesto”.
“O Brasil vai ter que ceder em algum momento porque somos realistas e não é da nossa natureza bloquear as coisas”, disse uma autoridade brasileira à agência. “Mas não será bom para nós.”
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