quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Descoberto no Rio Grande do Sul o mais antigo fóssil de dinossauro do mundo

Brazilian researchers discover dinosaur fossil after heavy rains in Rio Grande do Sul
Uma equipe de cientistas brasileiros descobriu um esqueleto fossilizado do que eles acreditam ser um dos dinossauros mais antigos do mundo depois que fortes chuvas no estado do Rio Grande do Sul aceleraram o processo natural de erosão.

O fóssil encontrado próximo a um reservatório no município de São João do Polesine tem cerca de 233 milhões de anos, segundo o paleontólogo Rodrigo Temp Müller, que liderou a equipe da Universidade Federal de Santa Maria que encontrou os ossos em maio.

As alegações não foram verificadas por outros cientistas nem publicadas em um periódico científico.

O pesquisador acredita que o dinossauro viveu durante o período Triássico, quando todos os continentes eram parte de uma única massa de terra chamada Pangeia. Acredita-se que os dinossauros tenham evoluído pela primeira vez naquela época.

O predador de ponta descoberto no Rio Grande do Sul pertence ao grupo conhecido como Herrerasauridae — uma família de dinossauros que costumava vagar por terras que agora compõem o Brasil e a Argentina atuais, de acordo com um folheto informativo sobre a descoberta compartilhado com a The Associated Press.

O tamanho dos ossos revela que o dinossauro teria atingido cerca de 2,5 metros de comprimento, de acordo com o documento.

Rodrigo Temp Müller disse que ele e sua equipe ficaram "muito animados e surpresos" com suas descobertas.

Após cerca de quatro dias de escavações, o grupo de pesquisadores transportou um bloco de rocha contendo o espécime de volta ao laboratório, onde fizeram testes.

"Inicialmente, pareciam apenas alguns ossos isolados, mas, conforme expusemos o material, pudemos ver que tínhamos um esqueleto quase completo", disse Müller.

O especialista levanta a hipótese de que sua descoberta é o segundo esqueleto mais completo para esse tipo de dinossauro.

Os pesquisadores agora tentarão determinar se o fóssil pertence a uma espécie já conhecida ou a um novo tipo. Espera-se que esse trabalho leve vários meses, pois o processo é meticuloso para garantir que nenhum dano seja causado.

Os fósseis têm mais probabilidade de aparecer depois das chuvas, pois a água expõe os materiais removendo o sedimento que os cobre, em um fenômeno conhecido como intemperismo.

O Rio Grande do Sul viu quantidades recordes de chuva no início deste ano. Isso causou enchentes devastadoras em maio que mataram pelo menos 182 pessoas, de acordo com um balanço publicado pela defesa civil do estado em 8 de julho.

Eventos climáticos extremos são mais prováveis ​​devido às mudanças climáticas, causadas principalmente pela queima de petróleo, gás e carvão.


Müller disse que mais fósseis estão aparecendo por causa das chuvas pesadas, o que deu início a uma corrida contra o tempo para resgatar os materiais antes que eles fossem arruinados.

No campo, sua equipe observou "um osso da perna e um osso da pélvis na região pélvica que já estavam sendo destruídos devido à chuva", disse ele.

Müller espera que a descoberta contribua para elucidar as origens dos dinossauros.

"Ter novos fósseis tão bem preservados certamente nos ajuda a entender melhor esse tópico que ainda é muito debatido", disse ele.

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