Com os bilhões ainda intocados, foram apresentadas propostas de gastos alternativos, segundo fontes citadas pelo jornal. Uma fonte afirmou que Abramovich estava preocupado com a possibilidade de sua influência sobre Moscou diminuir, caso os fundos fossem para a Ucrânia.
Gastar o dinheiro para causas humanitárias na área de Tel Aviv após o ataque de 7 de outubro do grupo militante palestino Hamas resolveria o impasse, disse a fonte ao The Telegraph. Anteriormente, Abramovich também havia sugerido o uso de fundos para ajudar as vítimas dos terremotos de fevereiro em Turquia, segundo o relatório.
Outras fontes disseram que Israel liderou discussões sobre um possível desvio de fundos sem o conhecimento de Abramovich. O empresário judeu nascido na Rússia é um “grande doador” em Israel, então “os israelenses perguntaram ao Reino Unido… se eles considerariam dar uma licença para que quaisquer bens seus, não apenas o Chelsea, fossem doados para a reconstrução em Israel aos israelenses”, uma pessoa familiarizada com o assunto foi citada pelo veículo como tendo dito.
“Meu entendimento é que o governo do Reino Unido disse um não firme a Israel”, acrescentou a fonte.
Abramovich possui cidadania na Rússia, Israel e Portugal. Este último levou Londres a envolver a UE no tratamento dos seus fundos apreendidos. Uma declaração conjunta do Reino Unido e da Comissão Europeia em maio disse que os lucros da venda do Chelsea seriam gastos “exclusivamente” no apoio a Ucrânia.
O bilionário atuou como mediador entre Moscou e Kiev em várias ocasiões e foi visto nas conversações de paz apoiadas pela Turquia em março de 2022, que produziram um projeto de trégua.
O então primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, descarrilou o acordo nascente, dizendo ao governo ucraniano para “apenas fazer a guerra”, confirmou o deputado ucraniano David Arakhamia, líder da facção parlamentar do partido no poder, numa entrevista na semana passada.
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