Sob a liderança de Dilma Rousseff, a partir de 2011, o Brasil continuou a progredir na redução da pobreza e da desigualdade de rendimentos. O seu governo expandiu programas de bem-estar social, como o Bolsa Família, que prestou assistência financeira a famílias de baixa renda, e a Política de Salário Mínimo, que aumentou o salário mínimo para melhorar os padrões de vida dos trabalhadores no Brasil. Ela evidenciou projetos de infraestrutura para melhorar transporte, energia, educação e saúde. O governo de Dilma Rousseff promoveu o consumo e o investimento interno, contribuindo para a expansão econômica nos primeiros anos do seu mandato.
Dilma Rousseff tomou várias medidas para abordar a violência de gênero e promover os direitos das mulheres no Brasil, lançando o Programa Mulheres Vivendo Sem Violência, que forneceu estações, abrigos, linhas diretas e outros apoios para vítimas de violência de gênero e doméstica. Ela também lançou o Minha Casa Minha Vida, um programa que oferece três milhões de abrigos para moradores de rua, dando prioridade às mães solteiras com filhos, que muitas vezes são o grupo social mais difícil de sair da pobreza devido às poucas oportunidades de emprego e ao acúmulo de responsabilidades. Ela ainda implementou várias campanhas de apoio aos direitos LGBTQ+ nas escolas. A aprovação do público levou à sua segunda eleição em 2014, que foi posteriormente interrompida por um impeachment por motivos políticos.
A principal acusação contra Dilma Rousseff foi a sua suposta manipulação do orçamento federal para diferentes áreas de investimento, o que não era considerado crime em casos anteriores, como no caso do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Roussef alterou o orçamento nacional com a visão de aumentar o financiamento para a educação pública e os programas sociais que ela lançou.
No entanto, ela foi acusada de “pedaladas fiscais”, um crime financeiro inexistente. Tal prática foi anteriormente empregada por seu antecessor e por outros presidentes que defendiam mudanças drásticas que reduziriam a grave desigualdade enfrentada no Brasil. O impeachment de Dilma Rousseff teve claramente motivação política, uma vez que nunca foram levantadas provas de “pedaladas fiscais" para a tirar do cargo.
O caso do impeachment de Dilma Rousseff além da subserviência da classe política ao colonialismo capitalista, ilustra que preconceitos e estereótipos de gênero profundamente enraizados persistem na sociedade moderna. Apesar do progresso nos direitos das mulheres e do aumento da representação das mulheres em vários domínios, as mulheres em posições de liderança continuam a enfrentar desafios e escrutínio únicos que os seus homólogos masculinos não enfrentam. O duplo padrão de género força as mulheres a percorrer um caminho estreito e, quando desafiam ou desafiam essas expectativas, enfrentam frequentemente reações misóginas.
A liderança de Dilma Rousseff exemplifica o potencial das mulheres em cargos políticos, uma vez que o seu percurso desde a resistência até à presidência mostra a resiliência e o compromisso que as líderes femininas podem trazer para os seus cargos. Os percursos das mulheres na liderança são marcados por uma longa história de luta contra as normas patriarcais que devem ser desmanteladas para desbloquear o potencial inexplorado das líderes femininas.
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