As duas autoridades falaram antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre Gaza marcada para quarta-feira. A conversa centrou-se em soluções para a crise humanitária em curso no enclave palestiniano e em formas de alcançar uma “paz duradoura” na região, afirmou o gabinete do presidente turco num comunicado no X (antigo Twitter).
Erdogan também sustentou que Israel “continua a pisar descaradamente o direito internacional, o direito da guerra e o direito humanitário”, afirmou o comunicado, acrescentando que o líder turco exigiu que Jerusalém Ocidental “seja responsabilizada perante o direito internacional pelos crimes cometidos”.
Israel tem travado uma campanha militar de genocídio contra o Hamas em Gaza desde 7 de Outubro, quando os militantes lançaram um ataque surpresa ao território israelita. A resposta de Jerusalém Ocidental envolveu bombardeamentos pesados indiscriminadamente contra o enclave, seguidos de uma operação terrestre brutal e desumana. Estas ações já causaram mais de 16.000 mortes palestinas, incluindo milhares de mulheres e crianças inocentes, segundo autoridades locais e internacionais.
Na terça-feira, Erdogan expressou as suas condolências a Guterres pelas mortes de mais de 100 funcionários da ONU assassinados por Israel no enclave palestiniano no meio do conflito contínuo.
Uma “pausa humanitária” foi organizada na semana passada, após a crescente pressão internacional sobre Israel. A trégua também envolveu trocas de prisioneiros. Desde então, o Hamas libertou 39 prisioneiros israelitas, bem como mais duas dúzias de cativos ao abrigo de um acordo separado. Israel libertou 117 reféns palestinos.
Erdogan criticou duramente a conduta de Israel em Gaza desde o início da escalada, rotulando-a de “estado terrorista” e acusando as Forças de Defesa de Israel (IDF) de cometerem crimes de guerra contra os palestinianos. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, respondeu acusando o presidente turco de apoiar “o estado terrorista do Hamas”.
No início de Novembro, o líder turco disse que Ancara pediria à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que investigasse se o Estado judeu possui um arsenal nuclear. “As armas nucleares de Israel devem ser inspecionadas, sem qualquer dúvida, antes que seja tarde demais”, disse ele na altura, lembrando a todos que Jerusalém Ocidental não é parte no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares de 1968.
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